No Evangelho de Lucas, 22.36, o Senhor Jesus declara: “... e quem não tiver espada, venda o manto para comprar uma.”
O papa Bonifácio VIII (1302
d.C.) assinou sua bula Unam Sandum, que afirma que a igreja tem pleno
direito divino de exercer os dois poderes (material e espiritual) fundamentado
sobre esta passagem.
Porém o que o contexto
realmente quer dizer é que de agora em diante uma nova época começa sobre novas
condições: separação do Mestre e hostilidades do mundo.
O Senhor Jesus não está
ordenando arregimentar um exército e nem comprar espadas para luta, mas
assinalar um novo período que segue à crucificação.
O uso da força e poder
material, mesmo para a extensão do Reino é contrário ao ensino de Cristo (Mt 5.9s,
22.38ss, etc.).
A expansão do Reino de Deus nunca
foi encorajada pela luta armada, mas oração, contribuição e entrega pessoal. No
verso 40, ele ordena aos discípulos: “... Orai, para que não entreis em
tentação”.
Percebe-se que quando os discípulos
revelam que teem duas espadas, Jesus diz basta, para indicar que o sentido da
declaração é metafórico.
Jesus ensina também, que a
partir da sua partida, os discípulos devem ser responsáveis em prover o
sustento, verso 36 diz: “Agora, porém, quem tem bolsa, tome-a, como também o
alforje; e quem não tem espada, venda a sua capa e compre uma”.
Porque o combate será
decisivo, os discípulos devem estar preparados para enfrentá-lo. Enquanto
estavam na companhia do Mestre, nada faltou (Lc 10. 4-7). Agora, porém a
situação muda, é hora de luta, simbolizada pela expressão “espada”.
Cada um deve prover o seu
próprio sustento e enfrentar as lutas espirituais, que impedem o estabelecimento
do Reino, na força e no poder do Espírito Santo!
Orar, contribuir e ir!
jcm
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