terça-feira, 19 de julho de 2022

DUAS ESPADAS

 

No Evangelho de Lucas, 22.36, o Senhor Jesus declara: “... e quem não tiver espada, venda o manto para comprar uma.”

O papa Bonifácio VIII (1302 d.C.) assinou sua bula Unam Sandum, que afirma que a igreja tem pleno direito divino de exercer os dois poderes (material e espiritual) fundamentado sobre esta passagem.

Porém o que o contexto realmente quer dizer é que de agora em diante uma nova época começa sobre novas condições: separação do Mestre e hostilidades do mundo.

O Senhor Jesus não está ordenando arregimentar um exército e nem comprar espadas para luta, mas assinalar um novo período que segue à crucificação.

O uso da força e poder material, mesmo para a extensão do Reino é contrário ao ensino de Cristo (Mt 5.9s, 22.38ss, etc.).

A expansão do Reino de Deus nunca foi encorajada pela luta armada, mas oração, contribuição e entrega pessoal. No verso 40, ele ordena aos discípulos: “... Orai, para que não entreis em tentação”.

Percebe-se que quando os discípulos revelam que teem duas espadas, Jesus diz basta, para indicar que o sentido da declaração é metafórico.

Jesus ensina também, que a partir da sua partida, os discípulos devem ser responsáveis em prover o sustento, verso 36 diz: “Agora, porém, quem tem bolsa, tome-a, como também o alforje; e quem não tem espada, venda a sua capa e compre uma”.

Porque o combate será decisivo, os discípulos devem estar preparados para enfrentá-lo. Enquanto estavam na companhia do Mestre, nada faltou (Lc 10. 4-7). Agora, porém a situação muda, é hora de luta, simbolizada pela expressão “espada”.

Cada um deve prover o seu próprio sustento e enfrentar as lutas espirituais, que impedem o estabelecimento do Reino, na força e no poder do Espírito Santo!

Orar, contribuir e ir!

jcm

 

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