sexta-feira, 24 de janeiro de 2020

BREVE HISTORICO SOBRE CHARLES EARL COMPTON JR.




Charles Compton dedicou muitos anos de sua vida como missionário em Mato Grosso, mais especificamente em Dourados, Rondonópolis e Cuiabá. Foi o missionário Charles Compton que adquiriu a área onde hoje está localizado o templo da Igreja Batista Memorial em Dourados.
Julga-se também que seja o responsável pela compra de um pequeno transporte para uso do pastor Jonathan no serviço pastoral da PIB-Cuiabá, relata Ben Hope:
“Num certo ano, no dia de natal, apareceu na casa pastoral da PIB uma moto, “Vespa”, zero quilometro”.  Sabendo que havia na igreja somente uma pessoa capaz de fazer tal doação; Jonathan foi indagar ao Charles, que ignorou conhecimento de tal feito e apenas respondeu: se fosse eu, pegaria e usaria na obra. Assim ficou.

Outro caso pitoresco ocorreu em uma viagem no interior do Estado quando a barra da direção da Kombi quebrou. Charles pediu ao pastor Ary Aníbal, que era forte, tomasse ao lugar da barra de direção até a próxima cidade.  

Charles era piloto de um pequeno avião, precisava ter coragem para voar com ele pois aterrissava em qualquer lugar. Sempre ao chegar no aeroporto, desmontava o avião, colocava-o na Kombi e seguia para sua residência.

Dois fatos curiosos. O primeiro foi um tapa que deu na face do irmão Laureano, membro da Igreja Batista Calvário, que dormia em um culto no qual Charles pregava. Outro fato foi o de levantar pelo colarinho um irmão que falava contra pastor. Charles com quase dois metros de altura, levantou-o colocou sobre um banco para conversar no mesmo “nível”.

Pastor Charles Earl Compton Jr. Nasceu no dia 09 de Julho de 1.923 em Fort Worth, Texas. Como soldado, de 1943 a 1946, lutou na segunda guerra, nos campos da França. Veio para o Brasil no ano de 1.950, depois de pastorear durante 2 anos uma igreja no Texas. Antes de conhecer o Brasil, ele já sentia sua chamada para o Mato Grosso. Sua visão se voltou sempre para uma ligação de Mato Grosso com o Oeste brasileiro. Em Cuiabá foi membro da PIB.

Destacou-se por um desprendimento, planejamento, bravura e visão das fronteiras a serem conquistadas. Nem mesmo a enfermidade o fez ensarilhar a espada. Se alguém lhe falava do perigo de morte, respondia: “Estou salvo e preparado para o Céu”.

Foram 22 de anos de serviço ao Reino de Deus. No dia 09 de outubro de 1.972 faleceu com 49 anos quando viajava pela rodovia Cuiabá-Rondonópolis, em Variante da Missão, sofreu trágico acidente. Socorrido, chegou com vida em Rondonópolis.

Na realidade ele já tinha feito o percurso, deixando escondido no cerrado alguns equipamentos que voltaria para buscá-los. Chegando em Jaciara solicitou emprestado da missionária Ana Woollerman o automóvel para realizar o fatídico retorno.

Ao ser interrogado, tirou seus documentos e disse mais ou menos isto: “Sou pastor Charles Compton, comunique Aeroporto em Cuiabá”. E logo em seguida faleceu.

terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Como está mudada...


Como esta mudada....

A presente reflexão não é uma crítica aos novos modelos introduzidos no arraial Batista, nem aos que os adotam, mesmo porque os modelos são alternáveis de geração a geração. As mudanças oxigenam mentes, corações e almas.
No primeiro século da era cristã, é possível observar mudanças drásticas e até mesmo radicais na Igreja primitiva tais como a questão da circuncisão (1Co. 7.19; Gl. 5.6). O judaísmo exigia que os judeus cristãos deveriam se submeter ao ritualismo, Paulo era contra.
A existência do conflito entre Barnabé e Paulo dividiu o projeto missionário da Igreja primitiva (At.15.36-41). Um conflito desencadeado pela insistência de Barnabé em levar João Marcos na viagem missionária; Paulo era contra, pois João Marcos havia abandonado o grupo na viagem anterior.
Dentre todas as mudanças, a que mais impactou, foi a união do cristianismo ou parte dele, com o império romano, sob a liderança de Constantino Magno (272 – 337)
Mudanças sempre aconteceram e sempre acontecerão satisfazendo uns e desagradando outros.
A denominação Batista, entre outras sofre também com este fenômeno.  Antes refletia, imagem quase que imaculada conhecida no mundo inteiro, mas agora parece que perdeu o modelo histórico que tinha junto às outras; assemelha - se àquela que perdeu a identidade.
Os históricos lamentam silenciosamente sentados, encurvados, cabisbaixo. Lágrimas cobrem o rosto. Poucos ficaram. A maioria submeteu às mudanças e as adotou.
Os velhos costumes foram levados para longe e os novos  impostos quase de forma forçada. Vieram de fontes  distantes e estranhas a denominação, cercados de rótulos inalteráveis.
O futuro é irreversível, pois uma geração que não  conheceu “José “ está  se formando e tudo  do passado é  estranho, não  cabe nos novos modelos.
O antigo costume mudou de vez! Os novos e atraentes instalaram-se jogando de lado século de caminhada ortodoxa.
O antigo se opõe como inimigo do moderno que foi engendrado para satisfazer um seguimento em detrimento de outrem.
O principio do confinamento é encorajado com propósito de despertar a curiosidade.
Uma geração que canta, que dança, mas que pouco conhece a nossa história denominacional. Tornou-se  irrelevante saber de onde veio, passado histórico e seus mártires; nada disso  faz sentido no universo do relativismo.
A celebração é uma incógnita. Os cânticos, com pouca fundamentação bíblica. divergem da mensagem que será proclamada. No passado havia uma sincronia entre louvor e proclamação. Ao anunciar a primeira leitura, o primeiro  cântico, já  se tinha ideia do tema da mensagem.
Ao sair do templo, após a bênção apostólica, cheio de contrição, pois a mensagem  tinha levado à  conversão, santificação, mudança de comportamento, pecados revelados.
Um fator de grande relevância, era a fidelidade denominacional contribuição com (Plano Cooperativo, Missões Estaduais, nacionais e estrangeira).
Caso houvesse discórdia, o discordante buscava um grupo com o qual se identificava e a vida prosseguia. Ninguém impunha novos princípios, ideologias, modelos e práticas estranhas a praticada pela denominação.
Os liderados eram fieis a liderança (Secretário Executivo, presidente) práticas e tradições. O governo da Igreja era congregacional, tudo era resolvido em culto administrativo, pelo voto da maioria. Transparência no relatório financeiro.
Havia um Pacto de conhecimento público e todos a ele se submetiam.
O Pacto das Igrejas Batistas, era lido em todas as cerimônias  de batismo pelos batizados, aliás diga-se de passagem que o batismo não  era a porta de entrada para se tornar membro de uma igreja  Batista, para isso, era necessário após  o batismo submeter - se  a uma assembleia  administrativa que aprovava ou não a aceitação como membro.
O Pacto terminava com uma declaração de fidelidade denominacional nas seguintes palavras: “Finalmente, comprometemo-nos, quando sairmos desta localidade para outra, unir-nos a uma outra igreja da mesma fé e ordem, em que possamos observar os princípios da Palavra de Deus e o espírito deste Pacto. A fé permanece, a ordem sofreu significativas alterações.
Houve uma proposta para repensar a denominação, mas não atingiu o propósito. Isto ocorreu quando as primeiras mudanças de cunho doutrinário começavam se impor (doutrina sobre o Espírito Santo). Assim ocorreu a grande divisão e formação da Convenção Batista Nacional.
Queridos (as) não me interpretem mal, esta reflexão é apenas uma simples lembrança do passado que conheci.  Compreendo e entendo as razões das transformações. Não ignoro a presença de valores nestas mudanças e vidas transformadas pelo poder do Eterno.
JCM