sexta-feira, 10 de abril de 2020

A profecia das setenta semanas de Daniel



Esta profecia é uma das mais importantes e difíceis do VT. Fala de Cristo na sua primeira e segunda vinda. Há diferentes interpretações. O que segue é uma das principais.
Daniel estava vivendo na Babilônia sob cativeiro imposto por Deus pela desobediência do povo e oferecia suas orações à hora do sacrifício da tarde, quando o anjo Gabriel lhe traz as respostas.
Daniel estava preocupado com Jerusalém e o monte santo. Jerusalém seria restaurada? O templo seria reconstruído? A nação seria redimida do pecado e haveria justiça na terra?
Gabriel tinha todas as respostas, e as encontramos na famosa profecia das “Setenta semanas” – período de sete anos, perfazendo um total de 490 anos de tempos proféticos para os judeus.
Deus tem propósitos específicos para cumprir nesse período: a remoção do pecado e a introdução da justiça. O resultado será o retorno em glória de Jesus Cristo à terra para reinar de seu templo de Jerusalém.
O evento que desencadeou os 490 anos começou com o decreto do rei Artaxerxes em 14 de março de 445 a. C. Este decreto permitiu os judeus retornarem a Jerusalém e reconstruírem os muros e a cidade. Este fato ocorreu 100 anos após Daniel receber a mensagem do Senhor.
O anjo Gabriel disse que haveria um período de 69 semanas, ou seja, “sete semanas e sessenta e duas semanas” entre a emissão do decreto e a chegada do Messias, (Cristo) a Jerusalém (69x7=483 anos).
Os anos proféticos não têm 365 dias, mas 360. Estudiosos calcularam que houve 483 anos proféticos entre o decreto de 445 a.C., e o dia em que Jesus entrou montado em um jumentinho em Jerusalém no domingo chamado de Ramos.
O anjo Gabriel dividiu esses 483 anos em dois períodos: sete semanas (7x7=49 anos) e 62 semanas (62x7=434 anos). Por quê? Bem, o primeiro período que corresponde a reconstrução de Jerusalém que levou 49 anos, após 434 anos temos a chegada do Messias, o Príncipe (Cristo) que foi morto na cruz pelos nossos pecados. O que falta agora é a chegada da última semana, ou seja, a septuaginta, que corresponde ao governo de um príncipe que há de vir. Quem é esse “príncipe que há de vir?” Não é o Messias, o Cristo, pois Ele já veio. “O príncipe que há de vir” é o anticristo; que sairá de um Império Romano Restaurado.
Esse príncipe fará um acordo com os judeus de protegê-los das outras nações, e esse acordo terá a duração de sete anos (última semana). Esses sete anos finais completam o período de 490 anos previsto, no relato de Daniel.
O período entre a morte de Cristo e a assinatura do acordo do anticristo com o povo judeu, refere-se o período da atuação da igreja cristã sobre a terra.
No meio da semana, ou seja, 3 anos e meio, o príncipe, o iníquo que age segundo a eficácia de Satanás, quebrará o acordo com Israel e se colocará como um ditador mundial.
Acabará com toda adoração a Deus e forçará o mundo a adorá-lo e à sua imagem. No final desse período Jesus retornará à terra, defrontará com o exército dos rebeldes na batalha do Armagedom e os derrotará. Lançará o anticristo e o falso profeta vivos no lago de fogo.
Satanás será preso por mil anos e Cristo estará reinando sobre a terra. Depois dos mil anos Satanás será livre e arregimentará um grande exército para lutar contra os santos, mas  será consumido com o fogo do céu e lançado no lago de fogo, onde já se encontra a anticristo e o falso profeta, e ali serão atormentados de dia e de noite, pelos séculos dos séculos.
Um novo céu e uma nova terra surgirão. Novo em qualidade, novo em temporalidade. Uma voz se ouvirá: “Eis o tabernáculo de Deus com os homens. Deus habitará com eles. Eles serão povos de Deus, e Deus mesmo estará com eles.
E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram. E aquele que está assentado no trono disse: Eis que faço novas todas as coisas. E acrescentou: Escreve, porque estas palavras são fiéis e verdadeiras.