sábado, 30 de março de 2013

"É VERDADE! O SENHOR RESSUSCITOU


“É VERDADE! O SENHOR RESSUSCITOU.....”
17 de abri de 29, Jesus ressuscitou  na manhã do terceiro dia, como havia anunciado. Foi o testemunho dos dois discípulos que seguiam de Jerusalém para Emaús.
Um estranho junta-se a dupla, era Jesus, mas não O reconheceram , jantou com eles, depois desapareceu. Já era noite, o dia tinha declinado.
Mesmo assim retornaram imediatamente à Jerusalém, pois, as novas não podiam esperar: Jesus está vivo, ressuscitara!
No domingo da ressurreição, Jesus aparece cinco vezes aos fiéis. Primeiro à Maria Madalena. Pedro e João já haviam visitado o sepulcro e se haviam retirado. Maria Madalena, pela segunda ou terceira vez, estava ali diante do sepulcro, chorando.
- “Mulher, por que choras?”
- “Porque tiraram o meu Senhor e não sei onde o puseram. O Senhor Jesus, então lhe diz:
-Senhora, por que choras? – A quem  procuras?
Maria identifica a voz do mestre amado. Disse-lhe Jesus: Maria! Ela responde em hebraico: Raboni!  Que quer dizer Mestre.
-Vai a meus irmãos e dize-lhes que eu subo para meu Pai e vosso Pai, meu Deus e vosso Deus.
Na segunda aparição, novamente às mulheres que regressavam do sepulcro, para anunciar aos discípulos a mensagem dos anjos. Somente a terceira aparição é vista pelos homens, a dois dos seus discípulos. É curioso o fato de Jesus privilegiar as mulheres e na atualidade os homens negarem-lhe o direito de servi-lo no sacerdócio.
A quarta aparição contemplou Cleopas e seu companheiro – Realmente o Senhor ressurgiu – apareceu a Simão, confirmaram os discípulos.
A quinta aparição foi para o colégio apostólico reunido no cenáculo. Aos discípulos incrédulos, o Senhor Jesus dá evidências da sua ressurreição: Mostrou-lhes as mãos e o lado.
E para provar que estava presente de corpo e espírito, diz: “Tendes aqui alguma coisa para comer? Então lhe deram um pedaço de peixe assado, o qual ele tomou e comeu diante deles.   
Finalmente o Jesus ressurreto, aparece à mais de 500 pessoas e a Paulo na ocasião da sua conversão e certamente aparecerá a todos na ocasião da sua segunda vinda: “todo olho o verá.”   

domingo, 24 de março de 2013

Reflexões Teológicas - Os doze


REFLEXÕES TEOLÓGICAS III
OS DOZE  
Os doze foram escolhidos a fim de que estivessem com Cristo e foram qualificados para agirem como testemunhas. Foram dotados de poder sobre os espíritos imundos e sobre as enfermidades. Foram instruídos a ensinarem todas as nações. Receberam autoridade para anunciarem a salvação somente no nome do Senhor Jesus.
Receberam também uma função mais específica, seriam juízes e governadores do povo de Deus (Mt 19.28; Lc 22.29,30), com poder de ligarem e desligarem (Mt 18.18), de perdoarem e reterem pecados (Jo 20.23).
Essa linguagem deu origem à concepção das chaves, tradicionalmente definidas, tanto na teologia medieval como na reformada, como (a) chave da doutrina, para ensinar qual a conduta é proibida e qual é permitida (esse é o sentido técnico de ligar e desligar na fraseologia legal judaica) e (b) chave da disciplina, para excomungar os indignos e reconciliar os contritos, declarando o poder de Deus mediante a remissão de pecados exclusivamente em Cristo.
Pedro recebe esses poderes, como também a comissão pastoral de alimentar o rebanho, de modo representativo, e não como uma capacidade pessoal. Isto fica claro quando a comissão é repetida em Mt 18.18, a autoridade de exercer o ministério da reconciliação é investida sobre todo o corpo de discípulos, como um todo, como também é a congregação fiel e não qualquer indivíduo particular, que age em nome de Cristo para abrir o reino aos que creem e fechá-lo aos incrédulos.
Essa função autoritativa é exercida primariamente pelos pregadores do evangelho e o processo seletivo, de conversão e rejeição, é visto em operação desde a primeira pregação de Pedro em diante (At 2. 37-41). Quando Pedro confessou a Cristo, sua fé se tornou típica do alicerce rochoso sobre o qual a Igreja está edificada na pessoa do Senhor Jesus Cristo.
A idéia de que Pedro tenha exercido qualquer primado pode ser refutada pela atitude da própria liderança. No concílio em Jerusalém, que ocupa a liderança é Tiago (At 15.13,19), Em Gálatas 2.11, Paulo tem uma argumentação forte com Pedro. A liderança da Igreja primitiva era conjunta, uma espécie de colegiado, ao que me parece justamente o que Cristo queria para sua igreja. Era uma liderança eficaz, tanto na misericórdia quanto no juízo (At 2.42; 5.1-11). Junto com os anciãos, resolviam qual a melhor orientação para a igreja gentia que despontava (Atos 15). Além do mais, é sentida a preocupação de Paulo por todas as igrejas não somente pelo grande número de cartas como pelas constantes viagens missionárias. A igreja é do Senhor Jesus que a Administra pela instrumentalidade do Espírito Santo.  
Jurandir & Loide

domingo, 17 de março de 2013

Reflexões Teológicas II



Jurandir & Loide
Vive-se uma pobreza muito grande na questão do preparo teológico por boa parte da liderança evangélica atual.  Igreja surge da noite para o dia fundamentada em motivo, os mais diversos, porém poucas motivadas pelo ardor de conquista de almas para o Reino dos céus.
A herança neo testamentária reconhece igreja fundada em Cristo: “sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). “Pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular” – Jesus (Mt 21.42).
O vocábulo “igreja” deriva do latim ecclesia, e por sua vez do grego ekkêsia palavra esta que no Novo Testamento, significa uma congregação local de cristãos e jamais um prédio.
Ekkêsia, era uma reunião ou assembléia. O termo foi largamente usado na (Septuaginta) para descrever a “congregação de Israel”, constituída no Sinai e se reunia na presença do Senhor por ocasião das festividades anuais nas pessoas de seus representantes masculinos (At 7.38).
 Quer o uso cristão de ekklêsia, tenha sido adotado pela primeira vez segundo o emprego gentio ou emprego judaico – o ponto continua sendo disputado – certamente era subentendida “reunião” e não “organização” ou “sociedade”.
Localidade era essencial ao seu caráter. A ekklêsia local não era reputada como parte de alguma ekkêsia de âmbito mundial.
Não há de forma explícita no NT um código detalhado de regulamentos sobre o governo da igreja e a própria idéia de tal código pode parecer repugnante a liberdade da dispensação do Evangelho; no entanto, Cristo deixou atrás de Si um corpo de líderes (os apóstolos), por Ele mesmo escolhido, ao qual forneceu princípios gerais para o exercício de sua função reguladora.
Cristo separou doze para qualificá-los e agirem como suas testemunhas (Mc 3.14). Foi um curso intensivo que não esqueceu o estágio acompanhado. Pode-se calcular que a formação do colégio apostólico demorou nada menos que seis anos já que era intensivo. Teoria e prática presentes.  
Foram dotados do poder do alto, indispensável para qualquer que se aventura na área do pastoreio. Pastor sem a plenitude do Poder do alto é vazio e inócuo! (At 1.8).
Foi-lhes igualmente prometida uma função mais específica como juízes e governantes do povo de Deus (Mt 19.28; Lc 22. 29,30), com poder de ligarem e desligarem (Mt 18.18), de perdoarem e reterem pecados (Jo 20.23). Assunto para o próximo texto.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Amor Gramátical


Amor Gramatical
Autor desconhecido
Era a terceira vez que aquele substantivo e aquele artigo se encontravam no elevador. Um substantivo masculino, com aspecto plural, alguns anos bem vividos pelas preposições da vida. E o artigo era bem definido, feminino, singular: era ainda jovem, mas com um maravilhoso predicado nominal. Era silábica, um pouco átona, até ao contrário dele: um sujeito oculto, com todos os vícios de linguagem, fanático por literatura e filmes ortográficos.
O substantivo gostou da situação. Era o prefácio que ele esperava: os dois a sós, sem ninguém ver nem ouvir. Não perdeu a oportunidade, começou a se insinuar, com perguntas e paráfrases. O artigo feminino deixou as reticências de lado, e permitiu esse pequeno índice.
De repente, o elevador pára. Ótimo, pensou o substantivo, mais um bom motivo para provocar alguns sinônimos. Pouco tempo depois, já estavam bem entre parênteses, quando o elevador recomeçou a se movimentar: só que em vez de descer, subiu e parou justamente no andar do substantivo. Ele usou de toda a sua flexão verbal para convencê-la a entrar em seu aposto.
Ligou o fonema e ficaram alguns instantes em hiato, ouvindo uma fonética clássica, bem suave e gostosa. Prepararam uma sintaxe dupla para ele e um cedilha com gelo para ela. Ficaram conversando, confortavelmente instalados num acento, quando ele voltou à tônica, usando seu experiente adjunto adverbial. Vendo o objeto direto do seu desejo totalmente entregue à voz passiva, rapidamente lançou-se ao imperativo. Abraçaram-se numa pontuação tão minúscula que nem um período simples passaria entre os dois.
Mas, apesar dos tremas e vocativos, ela resistia. Quando tentou soletrá-la, ela saiu de si: desferiu-lhe um travessão que o fez cair do acento. Oxítona como um pimentão, ela estendeu-lhe as aspas para ajudá-lo a levantar-se, e então confessou que ainda era vírgula. Depois de um silêncio infinitivo, ela ergueu-se numa ênclise e dirigiu-se intransitiva para a porta.
Foi quando soou o tritongo. Num hífen, ele pulou para frente da porta, impedindo-a de abrir, com os olhos assustados de um sujeito indefinido. Tocaram de novo o tritongo, enquanto ela o olhava interrogativa, aguardando um complemento verbal qualquer que justificasse aquele adendo. Gramaticalmente, ele gesticulou para que ela se escondesse dentro do vocabulário, dizendo que depois lhe explicaria tudo.
- Isso é o cúmulo do gerúndio!, exclamou ela, abrindo enfim a porta.
Surgiu então uma proparoxítona hiperbólica, cheia de bijuterias e asteriscos, exalando uma locução forte e barata.
- O que é esta trissílaba está fazendo em nosso aposto?, disparou.
Metendo-se no meio das duas, o substantivo assumiu um ar circunflexo e disse que ia botar os pingos nos is, começando uma longa oração adjetiva explicativa: não havia ali nenhuma relação de gêneros envolvida; o artigo feminino era apenas uma vizinha que viera lhe pedir um colchete emprestado; conversavam a respeito do verbo auxiliar do prédio, cuja mãe estava com um adjunto adnominal incurável; estavam pensando em recolher proposições que... mas o próprio artigo feminino o interrompeu, soltando o verbo:
- Eu é que não tomarei particípio neste bando de metonímias!, gritou superlativa, e aplicou-lhe um tritongo nasal que o fez cair de joelhos. Em seguida saiu, batendo a porta.
O substantivo, então, voltou-se para sua proparoxítona:
- Juro por Jesus e seus apóstrofos que eu posso explicar...
- Não me venha com redundâncias! Quer saber a verdade? Sempre achei você um substantivo abstrato. Um mero ponto-e-vírgula, um diminutivo. Você não vale um til! Está vendo esta aliança? Pode mandar prolixo! E ponto final.
- Mas propazinha...
- Poupar-me-ás de suas mesóclises, eu espero. Este foi o nosso epílogo.
"Bem que me avisaram que toda proparoxítona é a acentuada...", pensou o substantivo. Sozinho em seu aposto, pôs-se a fazer um sumário sobre o ocorrido. No fim das crases, o pretérito havia sido mais-que-perfeito: conseguira livrar-se da proparoxítona, com quem a ligação já estava ficando um tanto defectiva. "Só espero que aquele artigozinho feminino não faça uma metáfora de mim para todo o edifício". Ele não queria que a verborragia chegasse aos ouvidos da vogal do 507, com quem sonhava viver uma conjunção coordenativa conclusiva. Era preciso reconhecer: ela tinha um conectivo de fechar o parágrafo!

domingo, 10 de março de 2013

Reflexões Teológicas I


REFLEXÕES TEOLÓGICAS - 1
Para começo de conversa, uma pequena definição da palavra teologia. A palavra teologia tem sua origem no grego Theos = Deus, Logos = palavra. No sentido literal, é o estudo sobre Deus.
Toda Tradição Religiosa tem sua teologia, e cada uma delas tem, por sua vez, várias escolas de interpretação.
A Teologia cristã pode ser definida como as verdades fundamentais da Bíblia. Um teólogo cristão usa da exesege bíblica, análise racional e argumentos para entender, explicar, testar, criticar e defender o cristianismo.
Exesege é a interpretação profunda de um texto bíblico. Trata-se de uma palavra de origem grega que significa: retirar, derivar, extrair ou guiar.
O exegeta bíblico deve ter conhecimentos básicos sobre as línguas originais: Hebraica, Aramaica e Grega (koinê). O Velho Testamento foi escrito em Hebraico e partes em Aramaico.
A língua hebraica pertence ao grupo ocidental de línguas semíticas e é a língua Cananéia, falada pelos israelitas, que eram de origem araméia. Os israelitas falaram o hebraico até o cativeiro, (586-516 a.C); depois o hebraico foi suplantado pelo aramaico.
Encontra-se no VT passagens em aramaico: Daniel 2.4 – 7.28; Esdras 4.8 – 6.18; 7. 2 – 26; Jeremias 10.11. Duas palavras em Gênesis 31.47 “Chamou-lhe Labão Jegar-Saaduta; Jacó, porém, lhe chamou Galeede. Estes dois nomes significam respectivamente. Montão do Testemunho.
O Novo Testamento foi escrito em Grego comum, (koinê). Era a língua franca das terras do Oriente Próximo e do Mediterrâneo nos tempos romanos.
Para uma interpretação mais responsável dos escritos bíblicos é necessário um pouco de conhecimento destas línguas.
Na atualidade há uma pobreza teológica grande entre os pastores evangélicos. Assunto para a próxima reflexão.
Jurandir Marques