sexta-feira, 16 de março de 2012

No momento em que o sal perde seu sabor, para nada presta senão para ser jogado fora e pisado pelos homens. Não desejo me sentir parte de uma igreja que perdeu sua credibilidade por centralizar sua mensagem na promessa irresponsável de prosperidade; que busca se especializar na mecânica de fazer preces poderosas; de ensinar a virtude como mero degrau para o sucesso. Não suporto conviver em ambientes onde se geram culpa e paranóia como pretexto de ajudar as pessoas a reconhecerem sua necessidade de Deus.
Não consigo identificar-me com o determinismo teológico que impera na maioria das igrejas evangélicas e que enxerga tudo como parte da providência. Há algum tempo, repenso algumas categorias teológicas que me serviram de óculos para a leitura da Bíblia e entendo que esse meu exercício se tornou ameaçador para muitos. Portanto, preciso de lateralidade para contemplar as contribuições das ciências e de outros ângulos para ler as Escrituras. Não aguento cabrestos, patrulhamentos e cenhos franzidos. Desejo a companhia amiga de qualquer pessoa que molde a sua vida, consciente ou inconsciente, pelos valores do Reino de Deus e não tenha medo de pensar, sonhar, sentir, rir e chorar. Desejo muito construir minha espiritualidade sem a canga pesada do legalismo, sem o hermetismo fundamentalista dos dogmáticos e sem a estreiteza ideológica de quem gosta de rótulos.
Convido você para passarmos uma semana meditando, orando e pensando juntos caminhos possíveis e bonitos para a nossa vida e nossa espiritualidade.
Um abraço, 
Ricardo Gondim

terça-feira, 13 de março de 2012

Mulher, da queda à glória
        O livro do Gênesis registra o pior momento vivenciado pela mulher, (3.16). A punição se desdobra, primeiro a inconveniência durante a gestação, segundo, trás para um nível mais baixo no governo do lar.
        Paulo em seus escritos procura reerguer a mulher a seu estado de glória “...mulher é a glória do homem”. (1Cor 11.7). Em Gl 3.28, quebra-se a superioridade masculina, “...todos vós sois um em Cristo Jesus”.
        Moisés torna-se a primeira voz a se levantar em favor da mulher, ao impor a obrigatoriedade do marido, fornecer à mulher repudiada uma certidão que garanta sua integridade moral, ética e permissão para um novo matrimônio (Dt 24. 1-4).
        Nos dias dos juízes percebe-se uma das maiores presença da mulher no Velho Testamento. Débora destaca-se como profetisa, comandante do exército, guerreira e conselheira. (Juízes 4).
        O momento magnânimo da mulher é alcançado numa visualização do profeta Isaias quando anuncia que uma virgem dará luz a um menino. Profecia  literalmente  cumprida, segundo o registro de (Lucas 1. 31,34).
        A mulher retoma  sua posição privilegiada, canal de benção para a salvação da humanidade. Houve compensação a atitude de Gênesis 3.6.
        Mulher, bendita é você.