Os primeiros pensadores pré-socráticos na busca de uma explicação abrangente da natureza, buscavam um princípio essencial. Para Demócrito de Abdera (V-IV a.C.), além dos átomos, só existia o vazio na natureza. Para Heráclito de Éfeso (VI-V a.C), o fogo é identificado como elemento de organização e racionalização da mudança ou trocas realizadas pela natureza. Para Pitágoras de Samos (aprox. VI a.C), os números expressam a ordem da natureza.
A importância para esta pequena
reflexão sobre o Dia Mundial da Água, criado pela ONU em 22 de março de 1992,
com o propósito de debater questões fundamentais que envolvem os recursos
hídricos, leva-nos a lembrar Tales de Mileto (VII-VI a.C.), filósofo,
matemático e astrônomo, concluiu que a água é a origem de todas as coisas, ou
seja, princípio responsável pela vida. Sua afirmação se baseava na observação
das mudanças de estado da água (líquido, sólido e gasoso).
No Egito, Tales de Mileto viu a
importância das águas do rio Nilo em dar vida ao deserto e contribuir para o
desenvolvimento econômico da região, abastecendo a agricultura, pecuária,
pesca, consumo e as navegações.
A Água deve receber dos viventes toda
atenção, porque pode acabar. Quem conhece Tangará, sabe que a cidade era
cortada por mananciais. Dizem que próximo a Escola Estadual João Batista,
corria um rio piscoso; no jardim dos Ipês, outro rio dividia os bairros; na
localidade do Instituto Educacional Simonton, um charco dominava a região. Um
estabelecimento comercial da cidade foi construído, segundo informações, sobre
uma fonte de água. Onde estão esses rios hoje? Sumiram, ficou a triste história.
Sem água as florestas, a vegetação secariam e os incêndios inevitáveis. Os
impactos globais, imensuráveis. A terra se transformaria em um forno e toda
vida assada!
A água continua essencial para a vida do planeta, mas não se deve
esquecer que é um recurso finito! Apenas (2,5%) de toda água presente no mundo
é potável, e (97,5%), salgada. Dos (2,5%), apenas 0,3%, representa águas dos
rios e lagos, o restante (2,2%), encontra-se em lençóis freáticos e geleiras.
Alguns fatores estão contribuindo para a escassez do precioso
líquido: poluição, urbanização e industrialização, que jogam esgotos e dejetos
nos rios por questão econômica. Outro fator que merece nossa atenção neste dia,
é o desperdício de água pela população. Talvez o maior desafio deste milênio é
educar a população para o uso racional do precioso líquido. Caso não haja
conscientização, Tangará sofrerá por mais um ano, a falta d’água.
Termino com um pensamento bíblico que revela o valor d’água no
diálogo do Mestre das mãos furadas:
“Aquele que bebe desta água terá sede novamente; mas quem beber da
água que eu lhe darei, nunca mais terá sede. Pois a água que eu lhe der
tornar-se-á nele uma fonte de água jorrando para a vida eterna.” (Jesus Cristo)