Raramente
se presenciou eleições tão polarizadas e tensas quanto esta que estamos
vivenciando. Nervos constantemente à flor da pele, por todos os postulantes.
Porém, mesmo diante deste quadro formado de forma consciente, o cidadão de bem
não deve omitir o quase sagrado dever que é votar. O voto é única arma
disponibilizada para solver os grandes embates da sociedade. Voto consciente,
ordeiro e sensato.
Com o
advento da internet, os enganos se tornaram mais evidentes. A democracia
permite que todos opinem, até eu! Porém convém estar consciente que nem todos
opinam com sinceridade de alma. Muitas opiniões carecem de sustentação, pois
são destruidoras; com propósito definido de causar confusão no eleitorado.
Nas
campanhas não há santos nem demônios, mas humanos desejosos de conservar o seu
“pirão” ou conseguir “pirão”. Candidatos que desejam subir nas falhas do outro,
por isso é importante revelar o sábio princípio bíblico: Porque vês o argueiro que está no
olho do adversário, porém não reparas na trave que está no teu próprio” (Mt
7.3).
Campanha
deveria ser oportunidade de revelar sobriedade e propostas de trabalho, saúde pública,
saneamento, transporte, educação e segurança. São esses assuntos que interessam o eleitor. Porém
os temas mais debatidos nestas eleições estão fora do domínio político, como (liberalização
de droga, aborto, ideologia de gênero, controle de indivíduos, e das mídias,
liberdade de expressão religiosa, feminismo, desarmamento, homossexualidade,
erotização infantil, doutrinação escolar, etc.). Temas dessa natureza,
importantes sim, mas é de fórum familiar. É na família que se aprende
princípios de moralidade, ética e religiosidade.
O país
precisa de um governo conciliador, que mesmo no calor do debate não revele seu
instinto animal, que tenha equilíbrio emocional. Os debates não revelaram um
candidato com perfil conciliador, pacificador, unificador, apto para governar 215
milhões de vidas humanas nos próximos anos.
Sabe-se
que não vive no Brasil um regime teocrático, e isso é bom. No regime teocrático,
a comunidade judaica, tinha um governo escolhido por Deus. E tinha como princípio
de obediência absoluta a Deus, monogâmico, não multiplicava para si muita prata,
seguia os princípios da Tora e a lia diariamente, também, não amante do vinho
ou bebida forte. Estes princípios foram elaborados para os governos de Israel,
mas que serve de parâmetro para os governos de todas as nações, especialmente as
que se dizem cristã.
Como
cristãos, praticantes ou não, somos orientados por princípios a votar em
candidatos que mais se aproximam de valores cristãos, já que não existe
candidato perfeito. Quais os valores que um cristão deve defender? Um cristão
deve defender o direito à vida, repúdio às drogas ilícitas, justiça igual para
todos os cidadãos, família, sexualidade e casamento como ordenado pela natureza,
educação infantil segundo os princípios judaico-cristão e respeito a todos os
credos.
Propaga-se
um discurso, que se determinado partido chegar ao poder as igrejas cristãs desaparecerão.
Não é verdade, a igreja subsistirá em qualquer regime político, como subsistiu
no império romano e nos países fechados ao cristianismo e, diga-se de passagem,
que nos países em que os cristãos são perseguidos, a densidade aumenta geometricamente,
com cristãos comprometidos com a fé. Se o cristianismo necessitar de sustentação
política, somos de todos os mais miseráveis!
O Senhor
Jesus garantiu que “as portas do inferno não prevalecerão”. O
cristianismo não precisa de palanques eleitoreiros. Por isso, meu irmão, vote e
volte vivo consciente, seja qual for a sua orientação política.
“Não
temas, porque mais são os que estão conosco do que os que estão com eles”. (2Rs.
6.16b).
jcm