domingo, 26 de setembro de 2021

Escrituras e o Aquecimento Global

 


As Escrituras com seu registro milenal trazem severas advertências sobre o ecossistema. O Eterno criou um Jardim no Éden, ou Jardim de Deus, na direção do Oriente [Gn 2.8]. Éden é uma palavra hebraica que significa “delícia” [Is 51.3, Ez 31. 8 – 9]. Alguns relacionam com um termo assírio ‘edinu’ que significa planície ou estepe.

Diz-se que o Eterno plantou de árvores esse local. Deste lugar saía um rio de cristalinas águas que regava o paraíso, o qual dali se dividia em quatro canais chamados Pisom, Giom, Tigre e Eufrates. Destes, o Eufrates é o mais conhecido. O Pisom fazia contorno com todo o país Havilá, onde nasce ouro, o Giom torneia o país da Etiópia.

Quatro teorias procuram determinar a posição exata do Éden. (1). O daqueles que, identificando os quatro rios ainda existentes, não podem encontrar a posição geográfica de um rio que se divide em quatro. O local investigado é a Armênia. As nascentes do Tigre e Eufrates estão lá. O Pisom ou é o Fasis, na Pérsia atual, ou Hur, grande tributário dos Araxes. O Giom dizem ser o Araxes, cujo nome árabe é ‘Gaihum er-Ras’. Objeções a essa teoria: (a) dificuldade de descobrir o rio donde procedem os quatro; (b) ausência de provas de que a terra de Etiópia ou Cuse, se estendia até àquela região; (c) o Havilá, registrado por Moisés, não está na Armênia. Portanto, o Jardim devia estar situado entre o Nilo e a Índia, ou entre a Índia e o Oxus. O país de Havilá é identificado em local indiano, onde existe ouro, e a Etiópia ou Cuse, no planalto central da Ásia. O Giom, o rio da Etiópia ou Cuse, é pois, ou o Nilo chamado pelos etíopes ‘Gewon ou Geyon’, ou o Oxus. A identificação do Giom com o Nilo vem dos tempos de Josefo.

(2). As teorias que procuram determinar a exata posição geográfica, contrária a descrição bíblica, e identificar, não só os quatro rios, como o outro rio donde eles procedem. Calvino observa que o Tigre e o Eufrates, corriam juntos, formando um só rio, durante pequeno curso, que depois se abria, entrando no golfo Pérsico, por duas embocaduras; e que o território banhado pelas duas correntes unidas, era o lugar do Éden. Há razões para crer que este ponto era antigamente o leito golfo Pérsico.

Frederich Delitzch pensa que o rio do Éden é o Eufrates. Correndo em plano superior ao Tigre, a superabundância de suas águas, corria pelas planícies estratificadas do norte de Babilônia, abrindo caminho para lançar-se no Tigre. Está região, tão abundantemente regada, devia ser fertilíssima. Sabia-se que os antigos babilônios consideravam está região como sendo o jardim do deus Duniás.

Um dos descendentes de Cuse pai de Ninrode, governou nas planícies da Babilônia, [Gn 10.8-10]. Diante destas informações percebe que o ecossistema era maravilhoso. Deve-se lembrar também que neste ambiente fértil e próspero o Eterno colocou sua criatura com a seguinte ordem: “cultivar e guardar” [Gn 2.15]. O trabalho longe de ser um castigo foi imposto ao ser humano como uma atividade que permite cumprir as responsabilidades na manutenção e desenvolvimento do universo. O trabalho era algo agradável, somente após o pecado da desobediência adquiriu características de esforço penoso [Gn 3. 17-19].

Durante o tempo que os primeiros pais permaneceram em estado de obediência, o planeta desfrutou de excelente conservação. Mesmo no período da peregrinação havia exortação para proteger as árvores, “... não destruirás o seu arvoredo...” [Dt 20. 19-20].   

Diante da constante destruição do ecossistema, ainda no primeiro Século, as Escrituras registram que a natureza geme, “Porque sabemos que toda criação, a um só tempo, geme e suporta angústia até agora...” [Rm 8.22]. Ao término de cada estágio da criação o Eterno atribuía a si nota máxima com elogio pela perfeição, “Viu Deus que tudo quanto fizera, e eis que era muito bom...” [Gn 1. 31]. A criação divina era excelente. O adjetivo bom revela que o que Deus fez não é apenas belo, mas também moralmente correto, agradável e útil. Esta ideia contradiz os mitos pagãos que falam de um mundo criado por deuses caprichosos ou de um universo que existe sem propósito algum ou tem, inclusive, um caráter maligno.

Quando o homem perdeu a visão de guardador da natureza recebida, adquiriu a visão de explorador e destruidor. A destruição da natureza não começou com a Revolução Industrial do Século XVIII, ela apenas acentuou com a visão utilitarista a exploração da natureza. O homem perdendo a visão da sua responsabilidade de conservação, assumiu a visão da destruição em busca de um bem estar egoísta. A natureza humana é insaciável. A ordem econômica mundial decretou a destruição do planeta o que levou Max Weber afirmar em seu livro A ética protestante e o espírito do capitalismo (1905): “até que a última tonelada de combustível tiver sido gasta”.

A natureza caminha para seu inexorável destino, destruição. Porém há esperança. O mundo transformará do caos em ordem, da violência em paz. Esse novo amanhã é a grande esperança dos cristãos.

Paulo em sua carta aos cristãos de Roma afirmou que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. As Escrituras explicam que há filhos e criaturas. Não são faces da mesma moeda. Há uma tremenda diferença em ser filho e ser criatura. Todos são criaturas de Deus porque foram criadas por Ele. Ser criatura independe da vontade decisiva. Porém tornar-se filho é algo opcional. João em seu evangelho revela as condições para se tornar filhos de Deus: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, os que creem no seu nome” [Jo 1.12]. Ninguém nasce filho de Deus. Nem mesmo através do batismo se torna filho de Deus. A filiação se limita aos que creem e recebem a Cristo.

A partir da queda a criação tornou-se sujeita à vaidade, isto é, perdeu a sua verdadeira finalidade foi condenada ao fracasso. Por isso, sistema algum, seja político, social ou econômico poderá restaurar essa criação. A queda não foi causada por um fenômeno natural, mas sobrenatural. Portanto, só poderá ser resgatada de forma sobrenatural.

O mundo que agora existe dominado pelos soberbos e perversos, caminha para extinção através do fogo que emana de Cristo no dia da sua vinda [Ml 4.1]. Naquele grandioso dia os céus que agora existem passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Estas declarações informam que o nosso sistema solar será destruído pelo fogo [2Pe 2.10]. O mundo antigo foi destruído pelas águas do dilúvio, o presente será destruído pelo fogo. Portanto procede o aquecimento global.

Mas para os que temem e obedecem ao Senhor, para os filhos, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos na estrebaria.

(jcm)    

domingo, 12 de setembro de 2021

Na presença do Senhor!

 


Há tempos não se ouvia notícias de um tão grande número de servos e servas fiéis, que partiram para a eternidade. A certeza que temos é que o referencial sagrado afirma que estão na presença do Senhor.

As Escrituras dizem que vão para o paraíso, lugar de refrigério, segurança e descanso na presença do Senhor (Lc 23.43; Ap 14.13)

Bem aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.

A morte é um fenômeno comum a todos. Apenas Enoque e Elias não passaram por essa experiência.

De Enoque e Elias diz o registro sagrado que eles andavam com Deus e Deus os tomou para si (Gn 5.24; 2Rs 2.5, 11).

Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si.

Então, os discípulos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor, elevando – o por sobre a tua cabeça?

Jeremias ao falar sobre o fenômeno da morte disse:

“... chorai amargamente aquele que sai; porque nunca mais tornará, nem verá a terra onde nasceu”. (Jr 22.10b).

O rei Davi, diante da morte de seu filho, gerado com Bate – Seba, expressou:

“... eu irei a ele, porém ele não voltará para mim”. (2Sam 12.23).

Moisés morreu aos 120 anos (Dt 34.6). Porém é ignorado o lugar da sua sepultura. O seu corpo foi produto de disputa entre o Arcanjo Miguel e o diabo (Judas v.9)

Moisés e Elias, cerca de quatro mil anos mais tarde, aparecem em um monte na cidade de Jerusalém conversando com Jesus, este transfigurado, sobre o que ele estava para cumprir. (Lc 9.30,31)

 Ao ladrão penitente, Jesus no alto da cruz assegura – lhe: “... hoje estarás comigo no paraíso”. (Lc 23.43).

A parábola sobre o rico e o mendigo, que alguns eruditos não aceitam como fonte de informação sobre a vida no além deixa claro que o mendigo, por ser uma pessoa temente a Deus, foi levado para o paraíso (seio de Abraão).

Estes fatos e outros comprovam biblicamente que os que morrem no Senhor não ficam no esquecimento, pelo contrário, têm uma vida dinâmica na eternidade. Aguardando o dia em que retornarão com Jesus para receberem os corpos incorruptíveis e estarem para sempre com o Senhor (1Tss 4.14). jcm