sábado, 11 de dezembro de 2021

O FALAR EM LÍNGUAS

 

No campo religioso, a glossolalia (expressar em língua desconhecida) é histórico, É um fenômeno sobrenatural, presente em manifestações religiosas de diferentes matizes, (Islâmica, umbandista e cristã).

O apóstolo Paulo (1Cor 12 e 14), categoriza a glossolalia como um dom espiritual que pode ser tanto uma língua conhecida, desconhecida ou estática (gr glössön).

O dom de língua carece de interpretação. (cf cap 14).

O assunto que é abordado resumidamente no capítulo 12, é ampliado no 14, onde Paulo diz que o falar em línguas é um monólogo que produz edificação pessoal, a não ser que haja interprete para edificação da comunidade cristã (14.5).

O dom de língua, longe de uma ostentação, serve para fortalecer a comunidade e sempre deve ser interpretado, pela pessoa que fala, ou outra (v 13). Caso não tenha interprete, e nem o dom de interpretar, Paulo recomenda ficar calado (v28). Caso não haja interprete, o espírito da pessoa ora de fato, mas a mente não é edificada (vs 14-17).

Apesar da língua ser um sinal para os descrentes, Paulo não recomendava a prática na igreja. (vs 16,17).

Oração em língua que exclui a razão, torna a adoração incompleta, pois desassocia o espírito da mente. A oração em êxtase espiritual terá maior valor se a comunidade puder aproveitar.

O Velho Testamento fez referência ao dom de língua: Pelo que por lábios gaguejantes e por língua estranha falará o Senhor a este povo. (Is 28.11).

As línguas constituem um sinal, não para os crentes, mas para os não crentes (v22).

As línguas não serviam para a evangelização (a pregação de Pedro em At 2 foi em aramaico). As línguas eram para adoração. A evangelização era feita individualmente nas circunstancias da vida diária.

Paulo disciplina o uso das línguas que deve ser usada para edificação (v 27,28) e dentro de uma ordem, limitada no máximo três pessoas e que haja interprete, não havendo, fale consigo mesmo e com Deus silenciosamente.

Finalizando, Paulo exorta que não se deve proibir o falar em outras línguas (v 39), porém tudo deve ser feito com ordem e decência (v40).

As reuniões de adoração devem ser reverentes, ordeiras, cheias de harmonia e poucas inovações.

Jurandir Marques

quinta-feira, 28 de outubro de 2021

PEQUENA REFLEXÃO SOBRE ESPIRITISMO E CRISTIANISMO

 

“Espiritismo, segue a mesma crença do cristianismo, pois Jesus recebia um guia espiritual conhecido por Cristo”, conceitua Gisele Barros, adepta do espiritismo e declara também que o espiritismo nega a existência de Satanás e a realidade do inferno.

O Espiritismo Kardecista é uma doutrina religiosa de cunho filosófico e científico, cuja principal crença gira em torno da constante evolução espiritual do ser humano, através das reencarnações. ... O conjunto de todas essas obras é conhecido como a “Codificação Espírita”. "O essencial está em que o ensino dos Espíritos é eminentemente cristão; apoia-se na imortalidade da alma, nas penas e recompensas futuras, na justiça de Deus, no livre-arbítrio do homem, na moral do Cristo. Logo, não é antirreligioso". Kardec 1857, p. 193.

O francês Hippolyte Léon Denizard Rivail (Allan Kardec), pedagogo, criou o termo espiritismo em 1857 e o definiu como “doutrina fundada sobre a existência, as manifestações e os ensinos dos espíritos”. O espiritismo não é reconhecido como ciência, porém, o seu fundador declarou que o espiritismo alia aspectos científicos, filosóficos e religiosos Kardec 1849, p. 40.

Tudo começou com o fenômeno das mesas girantes ou mesas dançantes, tipo de sessão espírita em que os participantes se sentam ao redor de uma mesa, colocam as mãos sobre ela e esperam que ela se movimente. O fenômeno intrigou, como poderia a mesa se mover se ela não possui músculos nem cérebro. Dizem que o mesmo agente causador do fenômeno respondendo disse que: “Não é a mesa que pensa! Somos nós, as almas dos homens que vivem na Terra” Porto 2019 (Espiritsmo, Dicionário Infopedia de Língua Portuguesa, Porto Editora, 2019. Cópia Arquivada 7 de Outubro de 2019.

A doutrina espírita está fundamentada em cinco obras: Codificação Espírita, (Kardec 1857/1868). Essa codificação é composta por O Livro dos Espíritos, O Livro dos Médiuns, O Evangelho Segundo o Espiritismo, O Céu e o Inferno e a Gênese. Associadas, estão O Que é o Espiritismo? Revista Espírita e Obras Póstumas.

Os seguidores do espiritismo entendem-no como uma doutrina para o aperfeiçoamento moral do homem e acreditam na existência de uma Deus único, na possibilidade de comunicação útil com os espíritos através de médiuns e na reencarnação como processo de crescimento espiritual e justiça divina.

O Espiritismo de acordo com o Conselho Espirita Internacional está presente em 36 países ao redor do mundo. No Brasil conta com cerca de 3,8 milhões de adeptos, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e mais de trinta milhões de simpatizantes, de acordo com a Federação Espirita Brasileira (FEB). Os espiritas também são conhecidos por influenciar e promover movimentos de assistência social filantrópica.

Para justificar o espiritismo como oriundo da tradição judaico – cristão, são citadas narrativas do Velho Testamento.  I Samuel 9:9 "Antigamente em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e vamos ao vidente; porque ao profeta de hoje, antigamente se chamava vidente." E como prática corrente, como em I Samuel 10:6-24 "E o Espírito do SENHOR se apoderará de ti, e profetizarás com eles, e tornar-te-ás um outro homem. (...)". Conforme o contexto, constituía-se numa prática arriscada, como ilustrado em II Crônicas 16:7-10. Os espiritas citam também a proibição de Moisés à pratica da “consulta aos mortos”, como evidência da crença judaica nessa possibilidade, o que não deixa de ser verdade, pois os cristãos evangélicos obedecem a essa recomendação mosaica.

Um outro exemplo citado pelos espiritas é a consulta de Saul à bruxa de Endor (1 Sm 28. 1-25); Jesus com Moisés e Elias no monte Tabor (Mt 17. 1-9). Citam também em seu favor, relatos contidos nos Diálogos de Platão quando fala sobre o daimon (mitologia grega, semelhante aos gênios Árabe, que acompanhava Sócrates.

O dia 31 de março de 1848 marca o início dos acontecimentos das modernas manifestações mediúnicas na residência das irmãs Fox em Hydesville, EUA.

Samuel falou com o espírito de Saul? – (1 Sm 28. 7 – 20)

À exegese evangélica reformada, o espírito de Saul não falou com Samuel e sim um espírito estranho. Uma leitura da experiência de Saul com a bruxa de Endor, literalmente procura convencer que realmente o espírito de Samuel falou com Saul. Porém analisando o texto, logo se percebe que Saul pede à mulher que faça subir um espírito familiar e não o espírito de Samuel

  E Saul se disfarçou, e colocou outras vestes, e ele foi, e com ele dois homens e, de noite, vieram à mulher; e ele disse: Rogo-te que me adivinhes pelo espírito familiar, e me faças subir, a quem eu te der o nome. (versão King James Fiel 1611).

Saul viveu por muito tempo atormentado por um espírito mal (1Sm 28.20; 2 Co 11.14), é possível que este mesmo espírito aparece na ocasião. O que deixa aparentemente confuso é a narrativa a partir do verso 16 em que o espírito fala exatamente como se fosse o profeta Samuel, o que dá a entender que é realmente Samuel quem está falando, porém, uma leitura contextualizada mostra ao contrário. Em primeiro lugar na fala do espírito existe apenas uma afirmação daquilo que o Senhor já havia afirmado, que Saul seria derrotado em uma guerra, porque o Senhor permitiu (1Sm 28. 17-19). Em segundo lugar, o espirito repete palavras que Samuel já havia dito em vida, portanto, uma simples imitação. Em último lugar, o versículo 19 diz que Saul e seus filhos estariam com Samuel. Porém, tudo indica que o destino eterno de Saul foi outro, portanto, não poderia estar junto a Samuel.

Os cristãos evangélicos desconstroem o processo da reencarnação baseados no que diz o escritor aos Hebreus 9.27 “E assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disto, o juízo”. A declaração é vista como regra geral para o ser humano. Raríssimas vezes alguém morreu mais de uma vez, por exemplo Lázaro (Jo 11.43-44). Porém, Lázaro não recebeu o corpo que receberão todos os ressuscitados no dia da ressurreição. Estarão isentos da morte os que na vinda do Senhor serão arrebatados para o encontro com o Senhor nos ares (1Ts 4.17).

O texto aos Hebreus declara que após a morte segue-se o juízo, ou seja o juízo final que será aplicado a todas as pessoas. As pessoas que morrem fisicamente sabem que não voltarão a viver novamente. Lazaro, Dorcas e a filha de Jairo ressuscitaram e não reencarnaram. O ser humano só desfruta da vida neste mundo uma vez só, vindo depois disso o juízo. “Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo” (2Cor 5.10).

Cada cristão um dia terá que comparecer perante o tribunal de Cristo, para prestar conta a Ele. Prestará contas das ações ocorridas durante o tempo de vida terrena. Não será julgado pelo pecado, pois este já foi julgado e perdoado pelo ato da cruz (Ef 1.7). Paulo está referindo às atividades realizadas durante a vida, as quais dizem respeito ao galardão eterno. Aquilo que o cristão fez com o corpo temporário. Paulo não está dizendo a respeito das coisas benéficas da terra, mas das quais deveria glorificar a Deus por meio delas e gastar maior parte da energia e tempo com as coisas de valor eterno.

O juízo para condenação está narrado em Ap 20. 11-15. Quem enfrentará esse juízo? Todos os que rebelam contra o Criador e o seu Cristo. Estes estarão em pé diante dEle. Em sentido judicial, como prisioneiros culpados e condenados diante do tribunal da justiça divina. As ações e pensamentos não confessados e perdoados estão registrados diante do Supremo juiz, e haverá diferentes graus de condenação no inferno (Mt 10.14-15; 11.22; Mc 12. 38-40; Lc 12.47-48; Hb 10.29).

E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo” (Ap 20.15). Lago de fogo, o estado final, o Inferno final, lugar de punição eterna de todos impenitentes, angélicos e humanos.  O conselho prático para a salvação é aceitar o sacrifício de Cristo realizado na cruz.  

domingo, 26 de setembro de 2021

Escrituras e o Aquecimento Global

 


As Escrituras com seu registro milenal trazem severas advertências sobre o ecossistema. O Eterno criou um Jardim no Éden, ou Jardim de Deus, na direção do Oriente [Gn 2.8]. Éden é uma palavra hebraica que significa “delícia” [Is 51.3, Ez 31. 8 – 9]. Alguns relacionam com um termo assírio ‘edinu’ que significa planície ou estepe.

Diz-se que o Eterno plantou de árvores esse local. Deste lugar saía um rio de cristalinas águas que regava o paraíso, o qual dali se dividia em quatro canais chamados Pisom, Giom, Tigre e Eufrates. Destes, o Eufrates é o mais conhecido. O Pisom fazia contorno com todo o país Havilá, onde nasce ouro, o Giom torneia o país da Etiópia.

Quatro teorias procuram determinar a posição exata do Éden. (1). O daqueles que, identificando os quatro rios ainda existentes, não podem encontrar a posição geográfica de um rio que se divide em quatro. O local investigado é a Armênia. As nascentes do Tigre e Eufrates estão lá. O Pisom ou é o Fasis, na Pérsia atual, ou Hur, grande tributário dos Araxes. O Giom dizem ser o Araxes, cujo nome árabe é ‘Gaihum er-Ras’. Objeções a essa teoria: (a) dificuldade de descobrir o rio donde procedem os quatro; (b) ausência de provas de que a terra de Etiópia ou Cuse, se estendia até àquela região; (c) o Havilá, registrado por Moisés, não está na Armênia. Portanto, o Jardim devia estar situado entre o Nilo e a Índia, ou entre a Índia e o Oxus. O país de Havilá é identificado em local indiano, onde existe ouro, e a Etiópia ou Cuse, no planalto central da Ásia. O Giom, o rio da Etiópia ou Cuse, é pois, ou o Nilo chamado pelos etíopes ‘Gewon ou Geyon’, ou o Oxus. A identificação do Giom com o Nilo vem dos tempos de Josefo.

(2). As teorias que procuram determinar a exata posição geográfica, contrária a descrição bíblica, e identificar, não só os quatro rios, como o outro rio donde eles procedem. Calvino observa que o Tigre e o Eufrates, corriam juntos, formando um só rio, durante pequeno curso, que depois se abria, entrando no golfo Pérsico, por duas embocaduras; e que o território banhado pelas duas correntes unidas, era o lugar do Éden. Há razões para crer que este ponto era antigamente o leito golfo Pérsico.

Frederich Delitzch pensa que o rio do Éden é o Eufrates. Correndo em plano superior ao Tigre, a superabundância de suas águas, corria pelas planícies estratificadas do norte de Babilônia, abrindo caminho para lançar-se no Tigre. Está região, tão abundantemente regada, devia ser fertilíssima. Sabia-se que os antigos babilônios consideravam está região como sendo o jardim do deus Duniás.

Um dos descendentes de Cuse pai de Ninrode, governou nas planícies da Babilônia, [Gn 10.8-10]. Diante destas informações percebe que o ecossistema era maravilhoso. Deve-se lembrar também que neste ambiente fértil e próspero o Eterno colocou sua criatura com a seguinte ordem: “cultivar e guardar” [Gn 2.15]. O trabalho longe de ser um castigo foi imposto ao ser humano como uma atividade que permite cumprir as responsabilidades na manutenção e desenvolvimento do universo. O trabalho era algo agradável, somente após o pecado da desobediência adquiriu características de esforço penoso [Gn 3. 17-19].

Durante o tempo que os primeiros pais permaneceram em estado de obediência, o planeta desfrutou de excelente conservação. Mesmo no período da peregrinação havia exortação para proteger as árvores, “... não destruirás o seu arvoredo...” [Dt 20. 19-20].   

Diante da constante destruição do ecossistema, ainda no primeiro Século, as Escrituras registram que a natureza geme, “Porque sabemos que toda criação, a um só tempo, geme e suporta angústia até agora...” [Rm 8.22]. Ao término de cada estágio da criação o Eterno atribuía a si nota máxima com elogio pela perfeição, “Viu Deus que tudo quanto fizera, e eis que era muito bom...” [Gn 1. 31]. A criação divina era excelente. O adjetivo bom revela que o que Deus fez não é apenas belo, mas também moralmente correto, agradável e útil. Esta ideia contradiz os mitos pagãos que falam de um mundo criado por deuses caprichosos ou de um universo que existe sem propósito algum ou tem, inclusive, um caráter maligno.

Quando o homem perdeu a visão de guardador da natureza recebida, adquiriu a visão de explorador e destruidor. A destruição da natureza não começou com a Revolução Industrial do Século XVIII, ela apenas acentuou com a visão utilitarista a exploração da natureza. O homem perdendo a visão da sua responsabilidade de conservação, assumiu a visão da destruição em busca de um bem estar egoísta. A natureza humana é insaciável. A ordem econômica mundial decretou a destruição do planeta o que levou Max Weber afirmar em seu livro A ética protestante e o espírito do capitalismo (1905): “até que a última tonelada de combustível tiver sido gasta”.

A natureza caminha para seu inexorável destino, destruição. Porém há esperança. O mundo transformará do caos em ordem, da violência em paz. Esse novo amanhã é a grande esperança dos cristãos.

Paulo em sua carta aos cristãos de Roma afirmou que os sofrimentos do tempo presente não podem ser comparados com a glória a ser revelada em nós. A ardente expectativa da criação aguarda a revelação dos filhos de Deus. As Escrituras explicam que há filhos e criaturas. Não são faces da mesma moeda. Há uma tremenda diferença em ser filho e ser criatura. Todos são criaturas de Deus porque foram criadas por Ele. Ser criatura independe da vontade decisiva. Porém tornar-se filho é algo opcional. João em seu evangelho revela as condições para se tornar filhos de Deus: “Mas a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, os que creem no seu nome” [Jo 1.12]. Ninguém nasce filho de Deus. Nem mesmo através do batismo se torna filho de Deus. A filiação se limita aos que creem e recebem a Cristo.

A partir da queda a criação tornou-se sujeita à vaidade, isto é, perdeu a sua verdadeira finalidade foi condenada ao fracasso. Por isso, sistema algum, seja político, social ou econômico poderá restaurar essa criação. A queda não foi causada por um fenômeno natural, mas sobrenatural. Portanto, só poderá ser resgatada de forma sobrenatural.

O mundo que agora existe dominado pelos soberbos e perversos, caminha para extinção através do fogo que emana de Cristo no dia da sua vinda [Ml 4.1]. Naquele grandioso dia os céus que agora existem passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas. Estas declarações informam que o nosso sistema solar será destruído pelo fogo [2Pe 2.10]. O mundo antigo foi destruído pelas águas do dilúvio, o presente será destruído pelo fogo. Portanto procede o aquecimento global.

Mas para os que temem e obedecem ao Senhor, para os filhos, nascerá o sol da justiça, trazendo salvação nas suas asas; saireis e saltareis como bezerros soltos na estrebaria.

(jcm)    

domingo, 12 de setembro de 2021

Na presença do Senhor!

 


Há tempos não se ouvia notícias de um tão grande número de servos e servas fiéis, que partiram para a eternidade. A certeza que temos é que o referencial sagrado afirma que estão na presença do Senhor.

As Escrituras dizem que vão para o paraíso, lugar de refrigério, segurança e descanso na presença do Senhor (Lc 23.43; Ap 14.13)

Bem aventurados os mortos que, desde agora, morrem no Senhor. Sim, diz o Espírito, para que descansem das suas fadigas, pois as suas obras os acompanham.

A morte é um fenômeno comum a todos. Apenas Enoque e Elias não passaram por essa experiência.

De Enoque e Elias diz o registro sagrado que eles andavam com Deus e Deus os tomou para si (Gn 5.24; 2Rs 2.5, 11).

Andou Enoque com Deus e já não era, porque Deus o tomou para si.

Então, os discípulos dos profetas que estavam em Jericó se chegaram a Eliseu e lhe disseram: sabes que o SENHOR, hoje, tomará o teu senhor, elevando – o por sobre a tua cabeça?

Jeremias ao falar sobre o fenômeno da morte disse:

“... chorai amargamente aquele que sai; porque nunca mais tornará, nem verá a terra onde nasceu”. (Jr 22.10b).

O rei Davi, diante da morte de seu filho, gerado com Bate – Seba, expressou:

“... eu irei a ele, porém ele não voltará para mim”. (2Sam 12.23).

Moisés morreu aos 120 anos (Dt 34.6). Porém é ignorado o lugar da sua sepultura. O seu corpo foi produto de disputa entre o Arcanjo Miguel e o diabo (Judas v.9)

Moisés e Elias, cerca de quatro mil anos mais tarde, aparecem em um monte na cidade de Jerusalém conversando com Jesus, este transfigurado, sobre o que ele estava para cumprir. (Lc 9.30,31)

 Ao ladrão penitente, Jesus no alto da cruz assegura – lhe: “... hoje estarás comigo no paraíso”. (Lc 23.43).

A parábola sobre o rico e o mendigo, que alguns eruditos não aceitam como fonte de informação sobre a vida no além deixa claro que o mendigo, por ser uma pessoa temente a Deus, foi levado para o paraíso (seio de Abraão).

Estes fatos e outros comprovam biblicamente que os que morrem no Senhor não ficam no esquecimento, pelo contrário, têm uma vida dinâmica na eternidade. Aguardando o dia em que retornarão com Jesus para receberem os corpos incorruptíveis e estarem para sempre com o Senhor (1Tss 4.14). jcm

 

domingo, 18 de abril de 2021

O QUE O SENHOR ORDENOU SOBRE O CASAMENTO?

 


“Ora, aos casados, ordeno, não eu, mas o Senhor, que a mulher não separe do marido (se, porém, ela vier a separar – se, que não se case ou que se reconcilie com seu marido); e que o marido não se aparte da sua mulher”. (1Cor 7.10 – 11).

O mandamento do apóstolo sobre a permanência do casamento é um imperativo que tem apoio no Antigo Testamento, “É por isso que o homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois tornam – se uma só carne”, (Gn 2.24) e o ensino de Jesus (Mc 10. 2 – 12). Não se divorcie.

Em Mateus 5.31, o Senhor Jesus refere ao divórcio que já era praticado e que foi regulamentado por Moisés (Dt 24. 1 – 4).

Segundo Moisés, o divórcio não era necessário, mas, se usado, precisava elaborar um documento explicando o motivo, para que tornasse legal, e este, deveria ser entregue à mulher.

A lei proibia que o homem casasse com a ex, se nesse ínterim ela tivesse contraído um segundo matrimônio e terminado com morte ou divórcio.

Referindo à Lei mosaica, o Senhor acrescenta: “Também foi dito: Aquele que repudiar sua mulher, dê – lhe carta de divórcio. Eu, porém, vos digo: qualquer que repudiar sua mulher, exceto em caso de relações sexuais ilícitas, a expõe a tornar – se adúltera; e aquele que casar com a repudiada comete adultério”.

A aplicação da Lei pelo Senhor torna mais severa com os homens que separavam das esposas e com facilidade arrumavam concubina.

O apóstolo Paulo respondendo aos cristãos da cidade Coríntio, torna a separação mais difícil; condena a separação por qualquer motivo, proíbe o segundo casamento e aconselha a reconciliação (1Cor 7. 10 – 11).

Agora em caso de um dos cônjuges não professar a fé cristã e desejar separar, que separe (1Cor 7.15); nesse caso o cônjuge cristão estaria isento de culpabilidade.

O relacionamento conjugal no ponto de vista paulino, só deve terminar com a morte de um dos cônjuges e só deve ser construído no Senhor (1Cor 7.39b), isto é, cristão casando com cristão.

jcm