quinta-feira, 19 de dezembro de 2019

Casar ou não casar - is the question


“.... porque é melhor casar...” 1Cor. 7.9b.
Benefícios existentes no casamento
Paulo discursa também sobre os benefícios em permanecer solteiro.
1.  Exercício uma sexualidade sem culpa. Fora do casamento, está eivado de culpa.
É um pecado contra Deus (Gen. 20.6). Abraão para salvar seu pescoço, colocou a dignidade de Sara em risco dizendo para o rei Abimeleque que se tratava de sua irmã. Era uma meia verdade/meia mentira. Não foi a primeira vez que Abraão usou Sara como moeda. em Gen. 12.10ss., no episódio da entrada no Egito, ocorreu o mesmo fato.
Sara, aos sessenta e cinco anos era mulher formosa de aparência e provocava desejo nos homens (12.11) e esta era preocupação. Caso o faraó ou rei Abimeleque tivessem possuído Sara, teriam pecado contra Deus, “...daí o ter impedido de pecares contra mim e não permiti que a tocasse.” 20.6b.
2.  Estabilidade/companheirismo – “... aos casados, ordeno, não eu, mas o SENHOR, não se separem. 7.10. É uma ordem especial para os casais convertidos, para os não convertidos, há outra orientação. No companheirismo está a preocupação de um agrado mutuo, v 33, 34.
Salomão, Ec. 4.9ss., ressalta o valor do companheirismo nas seguintes palavras: melhor é serem dois do que um... se caírem, um levanta o outro; se estiver frio, um aquenta o outro, (trata-se de dois pobres; quando a sós lhes falta o necessário, no caso, uma boa coberta, de orelha; se um adoece, outro leva-o para o médico.....
3.  A maternidade – Gen. 30.1,2,3 registra um conflito conjugal (Raquel X Jacó), motivo: maternidade.  Abraão e Sara, assim como Jacó e Raquel resolveram esse problema de forma humana:
a.  Abraão coabitou com Agar, serva de Sara, dessa forma introduziu amargura e ciúme na família.
b.  Jacó coabitou com as servas de suas esposas, resultando em consequências triste e amargas.
c.   Isaac, resolveu o problema aos pés do Senhor, orando por sua esposa, teve filhos gêmeos.

quinta-feira, 17 de janeiro de 2019

MEMÓRIAS

Depois de sessenta dias sem postagem, volto a postar.
Graças a Deus estou recuperando bem e retornando às atividades.
Costumo dizer que a grande mudança da nossa vida se deu após o contato com os ensinos de Jesus Cristo.
Jesus Cristo mudou o nosso ser.
A Escola Bíblica Dominical exerceu grande influência nessa mudança.
Fui um dos primeiros a frequentar a Primeira Igreja Batista de Cuiabá, mais tarde meus irmãos. Mamãe e senhor Thiers, por não serem casados não foram batizados, mas frequentavam as atividades da Igreja.
A Igreja mantinha uma escola primária particular  e eu ganhei um bolsa de estudo.
Após uma crise financeira, a família deixou a cidade de Cuiabá e foi viver como agregada em uma fazenda em Mimoso, onde nasceu Thiers da Costa Marques Neto, hoje Dr. Thiers (advogado) depois de passar pelas fileiras do Exército como oficial.
Em Mimoso foi uma experiência agradável, embora não muito produtiva; perdemos anos de estudos e retornamos em estado pior que anteriormente, nem casa tínhamos para morar, fomos morar com dona Firmina em uma pequena casa de adobo, no mangueiral.
Pouco a pouco, com ajuda de Deus as coisas foram melhorando, senhor Thiers entrou para o Corpo de Bombeiro, depois prefeitura.
Convém lembrar que no período em que estávamos morando em Mimoso, surgiu em Cuiabá o Projeto Cidade Verde (COHAB) e por uma intuição e orientação do Espírito procurei o local de inscrição e fiz uma em nome de mamãe, posteriormente fomos sorteados e adquirimos a nossa primeira casa, adeus mudança constante! Graças a Deus!
Entrei para o Exército, voltei a estudar, trabalhar e casar! As coisas fluíram. Na cidade Verde nasce Jonathan e Jane, mas ali também despedimos de senhor Thiers e dona Odete. Senhor Thiers vítima de coração e dona Odete, câncer uterino.
Senhor Thiers faleceu em meio a uma reunião de oração, com os braços erguidos para o céu.
Interessante que antes da partida do senhor Thiers, ele sentiu que sua hora estava chegando, chamou mamãe e disse: "mulher, vamos casar, pois  Deus revelou que vai recolher-me". Mamãe disse: Se Ele falou para você, vai falar para mim também".
No final de alguns dias casaram. Um mês depois senhor Thiers faleceu.
  

sexta-feira, 30 de novembro de 2018

MEMORIAS IV - SENHOR THIERS CHEGOU!

Mamãe na ocasião trabalhava como doméstica na residência de dona Maria, mãe da vereadora Chica Nunes. Dona Maria era professora na Escola Bernardina Ricci, cuja diretora era dona Ruth Costa Marques, irmã do senhor Thiers.

Senhor havia chegado de São Paulo, após um relacionamento conjugal desfeito, deixando dois filhos, Paulo e Miguel. Este último já falecido.

Senhor Thiers montou aos fundos da casa da dona Ruth uma lavanderia, denominada: Luso Brasileira e precisava de alguém para ajudá-lo tocar o negócio. Foi aí que o nome de mamãe entrou em cena. Dona Maria consultou a mãe se desejaria trabalhar com o senhor Thiers. O salário era melhor.

Após um período de trabalho, começaram a namorar. Senhor Thiers foi convidado a visitar nossa casa. Lembro me de que um dia ele chegou, jovem simpático, alto e calvo. Sentou em um banquinho que tinha na sala e passou a conversar. Esse encontro se deu na casa alugada no bairro Ribeirão do Lipa.

Senhor Thiers demonstrou algo muito raro hoje dia, conviver com uma mulher que já tinha três filhos (Jurandir, Jussara e Jorge, também conhecido como pirulito).

Após esse encontro, mudamos de vida e de bairro. Mudamos para o bairro Goiabeira, era uma casa e adôbo, de apenas um quarto, sem porta.

 Nessa ocasião senhor Thiers ainda não assumiu totalmente, lembro que ele só parecia às noites. D Bairro Goiabeira mudamos para a Av. Isaac Póvoas, onde senhor Thiers instalou a lavanderia e uma pensão. Nessa pensão vieram morar os irmãos Corino Maia, José de Araújo e os irmãos Almeidas. Eram evangélicos,frequentavam a Primeira Igreja Batista de Cuiabá que tinha na liderança o jovem pastor Joanathan de Oliveira..

José de Araújo foi quem nos conduziu ao conhecimento do evangelho, embora sem o consentimento da nossa mãe. O conhecimento do Evangelho foi a melhor coisa que aconteceu em nossas vidas! O Evangelho é o poder de Deus!

 

quinta-feira, 22 de novembro de 2018

MEMORIAS III - Mamãe resolveu mudar

Uma carroça foi contratada, era dia de mudança. Deixaríamos O Morro do Tambor e mudaríamos para a região conhecida como Ribeirão do Lipa. Era outro extremo da cidade de Cuiabá.

Os quase nada foram colocadas na carroça, lembro de uma cama velha, mesa, cadeira e armário. Tão pouco que daria apenas uma viagem.

Saímos em direção a nova morada. Ruas poeirentas, sem asfalto na cadência do burro. Cruzamos o centro de Cuiabá, pegamos a Getúlio Vargas, cruzamos com o 16BC (Batalhão de Caçadores) e nos dirigimos à nova casa.

Uma casa grande antiga. Precisava de uma reforma que nunca foi feita. A sala era grande e servia de quarto. A cozinha era pequena, fogão de lenha com chaminé. O quintal era amplo com um enorme buraco no final de onde era tirada argila para produção de adobo, uma espécie de tijolo não queimado, usado para construção pobre.

Lá vivemos longos anos. Mudanças significativas ocorreram em nossas vidas durante esse período. Conseguimos ampliar o circulo de amizades boas e más. Recordo de uma senhora viciada em álcool que após a ingestão de bebida, saia pela rua gritando seu nome: ".......... bebe pinga e anda nua!!!!!" Tinha ela vários filhos, lembro de uma menina e dois rapazes que seguiam o mesmo exemplo.

Mamãe continuou a realizar serviços domésticos, ficávamos sob os cuidados de uma idosa conhecida como Lelica ou Lolica, não me lembro bem.

Dona Firmina, agora viúva do senhor Joaquinzinho, veio morar conosco. Anteriormente ela morava na região conhecida como Sucuri onde comercializavam produtos da cana de açúcar. Nesse trabalho, Sebastião perdeu o braço que foi colhido pela moenda de engenho tocada a boi.

Daí por diante dona Firmina tornou companhia constante entre nós, era quase da família. Após a morte do senhor Joaquim, teve vários amores; entre eles, senhor Julião, pai do Valdecy.

Mamãe veio trabalhar na família de Dona Maria, professora, esposa do senhor Galêgo, motorista do Correio, pai do deputado Roberto Nunes e da Vereadora Chica Nunes.

O contato com a família de dona Maria abriu a porta para novas e singulares oportunidades!        



sexta-feira, 16 de novembro de 2018

Memórias II

Após a morte de meu pai, o mundo mostrou sua face cruel. Logo na primeira infância conscientizei-me de que nada seria fácil, tudo tem seu preço.Os apelos para que fôssemos doados à família de maiores recursos, não faltaram. Porém minha mãe de sangue nordestino, não aquiesceu aos pedidos.

Não era possível viver com os parentes maternos, os paternos eram ignorados. O encontro de minha mãe com meu pai, nunca ficou esclarecido. Apenas sabíamos que um dia se encontraram, casaram e embrenharam para o sudoeste mato-grossense em busca de seringa, abundante na região do Juruena.

O sonho do meu pai era após alguns anos de trabalho, fixar residência em Rosário do Oeste e montar uma pensão e viver seus dias.
O sonho foi abortado pela violência da região; foi assassinado. No dia do assassinato do meu pai, um família com a qual compartilhávamos amizade partiu. Mais tarde surgiu a notícia de que ela sabia do plano da morte. Talvez o silencio foi a melhor decisão.

A primeira residência que ocupamos foi no bairro Várzea Ana Poupina, próximo ao Porto em Cuiabá. Moramos no lugar denominado, Morro do Tambor. Era uma casa simples. Da porta se via o quintal. Para chegar-se à cozinha, passava pela sala e quarto. Piso de tijolo queimado. O aluguel não me lembro como era pago.

Éramos três crianças que nos protegíamos mutuamente quando mamãe saia para trabalhar como doméstica.    Como mais velho, responsabilizava-me pelos menores, Jussara e Jorge. Houve uma segunda filha de meu pai, chamada Jurema, nasceu em Juruena, mas morreu ainda bebê.

Recordo-me que um dia, tentava acender o fogo com uma borracha que depois de acesa, joguei para fora. Ela caiu no peito do Jorge e grudou. O fogo começo crescer, porém com sabedoria dos anjos, consegui apagar. Houve muita dor e choro, mas sobreviveu.

Os amigos de infância eram cruéis, tentavam nos estuprar, mas Deus nos protegia!

Odete Maria Duarte, nossa super-mãe. Conduziu-me ao aprendizado das primeiras letras. Primeiro sob os cuidados de uma professora particular, depois matriculou-me na Escola Cândido Rondon, na rua Barcelos.

Lembro o nome da minha professora, Alice, senhora idosa, mas de uma paciência franciscana. Se hoje não sei dividir por dois números, a culpa não foi dela, eu é que faltei no dia em que ensinava divisão.      

quarta-feira, 7 de novembro de 2018

Memórias

Após acompanhamento do próstata, os médicos concluíram que a extração seria a forma mais viável para uma qualidade de vida. Os médico agendaram para hoje, dia 07/novembro a cirurgia no Hospital São Mateus em Cuiabá.

Sou grato ao Senhor às mensagens de encorajamento e confiança de irmãos e amigos.

Na enfermidade e na dor que surgem os amigos transformam-se em irmãos. Até parecem que sentem o mesmo que sinto. Lembra uma passagem na vida do apóstolo que afirmou aos cristãos de sua época que tudo fariam pelo bem estar do apóstolo.

Durante a jornada da vida, temos momentos felizes e momentos tristes. Recordo de que o momento mais triste da minha vida foi quando de uma forma violenta, perdi meu pai que foi morto de forma covarde na década de cinquenta no sudoeste de Mato Grosso. Ele era responsável pelos seringal na cidade que hoje denomina-se Juruena, nome do rio local.

Meu pai, em uma tarde brincava com a minha irmã mais jovem quando foi chamado para fornecer café e açúcar para os seringueiros. Saiu da casa, atravessou um largo e foi atender o pedido. Ao retornar, assobiando e balançando o chaveiro no dedo, recebeu uma carga de chumbo que o derrubou. Caído sai ao seu encontro, quando uma segunda carga o silenciou para sempre.

Minha mãe sozinha ficou no mundo com minha irmã e eu.

Retornamos para Cuiabá. Daí para frente o mundo mostrou sua face cruel; a segurança transformou em insegurança, o futuro em incógnita, o sonho em pesadelo. 

O que fazer para sustentar dois filhos? Ser doméstica, pedinte ou vender o corpo? Minha mãe passou por todas estas esferas, porém não abriu mão de nós!

Lembro-me de que no entardecer de mais uma noite nada tinha para o jantar, exceto um bife de fígado. Ela o fez e repartiu entre os três que agora já éramos quatro. Um lindo e forte garoto veio enriquecer a família, fruto de um amor furtuíto.

Mesmo assim,  desfrutei dos primeiros ensinos que transformaram-me em Teólogo e filósofo. Ela ensinava´me escrever e pronunciar. Eu costumava trocar o "l" pelo "n". Não pronunciava Alice, mas "Anice".

Minha mãe foi vítima de um câncer. Aos sessenta e dois anos foi morar com Senhor.
JCM

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Russell Philip Shedd - Teólogo sem rótulo



UM TEÓLOGO SEM  ROTULO

Russell Phillip Shedd (1929 – 2016)
“Hoje, meu coração entristece,
morreu um homem de fé
(Russell Phillip Shedd).
Não! Não morreu, fez a viagem.
Voltará na companhia dos anjos!”

INTRODUÇÃO

Teologia palavra que conceitua o estudo ou tratado das questões concernentes à divindade e suas relações com os homens. Adequando-se também para identificar os expositores do pensamento religioso. O termo deriva do grego Theos (Deus) e  logia (estudo). Termo cunhado por Pedro Abelardo (1142) em substituição à forma corrente “Sacra Pagina” e “Sacra Doctrina”. Agostinho (354-430) a denominou como a rainha das ciências.

Entre os teólogos contemporâneos (B.B. Warfield 1851-1921, A. Kuyper 1837-1920, H. Bavink 1854-1921, L. Berkhof 1873-1956) que  manteem fiéis aos fundamentos bíblicos e de certa forma inspirados nos ideais calvinistas de fidelidade às Escrituras encontra-se Russell Phillip Shedd (1929 – 2016), natural de Aiquile, Bolivia.   Filho de Leslie Shedd Martin e Della Johnston, missionário entre os índios. Aos cinco anos, depois de obter o curso primário em terras bolivianas, viajou na companhia dos pais para os Estados Unidos da América, onde completou seus estudos, graduando em Teologia pela Wheaton College e aos 25 anos obteve o grau de doutor (PH. D.) em Novo Testamento pela Universidade de Edimburgo – Escócia. Na sua tese, abordou o uso do apóstolo Paulo das concepções judaicas e do Antigo Testamento a cerca da solidariedade da raça. O referido tema desdobrou-se em três grandes obras.
Semelhante a Martinho Lutero (1483-1546) que se viu salvo de um temporal e posteriormente dedicou-se ao  sacerdócio, Russel ao  ser salvo de um desastre em terras chilenas, entendeu que Deus o estava convocando para a obra missionária,  mesmo porque o espírito missionário que moveu seus ancestrais iluminou-o também para a obra. No século XVII, um dos seus antepassados, Daniel Shedd, migrou ao lado dos 25 mil puritanos ingleses da Inglaterra em direção a América do Norte. Shedd sempre respirou missões. Teve na família teólogos de orientação presbiteriana, cuja influência cooperou para o desenvolvimento do seu pensamento.  
Na década de 50, Russell aceitou o cargo de professor Southeastern Bible College, em Birmingham, no estado do Alabama, onde conheceu uma aluna chamada Patricia Dunn. Casaram-se em junho de 1957 e passaram a lua de mel na Guatemala.  Enlace que dourou 59 anos e gerou cinco filhos: Timothy, Nathanael, Pedro, Helen e Joy. Quatorze netos: Laura, Kelly, Rebecca, Katherine, Leander, Cayenne, Henry, Joanathan, Michael, Stephanie, Evelyn, Scott, Susan, Katie e uma bisneta chamada Izabella.
Seis meses após o casamento Russell e Patrícia seguiram para o desafiador campo missionário, Portugal, designado pela Conservative Baptist Foreign Mission Society, com a missão de preparar liderança. Chegaram a Portugal em agosto de 1959 e deram início ao ensino no Seminário Batista em Leiria. Russel tinha o cargo de acompanhar o ministério da produção da literatura. Esse ministério foi denominado Edições Vida Nova. O objetivo era produzir obras para formação teológica dos estudantes, professores e pastores. Barreiras começaram surgir como os altos custos da impressão que inviabilizava a produção em grande número. Outra barreira significativa era a lenta venda das obras. Buscaram então uma solução segundo eles, orientados pelo Espírito Santo para cruzarem o Atlântico em direção ao Brasil, país que oferecia um custo favorável para a produção e uma grande clientela  interessada em obras teológicas.
Em agosto de 1962 chegaram ao Brasil estabelecendo na cidade de São Paulo e em parceria com alguns brasileiros, financiados pelos Estados Unidos, reorganizam a Edições Vida Nova. Um dos trabalhos mais importante na época foi a produção da Bíblia Vida Nova que muita alegria trouxe à Russell
INFLUÊNCIA
Em 1965 Russel recebe convite para lecionar na Faculdade Batista de São Paulo na área de graduação e mestrado. O profundo conhecimento bíblico de Shedd e sua simplicidade na comunicação foram fatores que atraíram estudantes para suas aulas. Milhares de alunos foram influenciados pela sabedoria de Russell Shedd.  Alguns chegam afirmar que uma geração foi influenciada por esse grande homem
Embora Russell Shedd tenha tido a oportunidade de lecionar em grandes instituições teológicas do mundo, foi o Brasil que escolheu. Certa ocasião chegou afirmar que em terras brasileiras sentia-se mais útil. Recebeu vários convites entre eles, Seminário Teológico Batista em Denver, Colorado; Trinity Evangelical Divinity School em Chicago; Bethel Theological Seminary no estado de Minnesota  e também na instituição na qual recebeu seu doutorado, Wheaton Graduate School.
A influência de Shedd estendeu-se também fora do Brasil. De 1982 a 1988, foi membro da comissão teológica da World Evangelical Fellowship.Também fez várias preleções em Cingapura e no Havai para o Haggai Institute. No Brasil prestou vários serviços na área de publicações, inclusive com editor responsável pelos comentários da Bíblia Shedd. Participou na comissão que trabalhou na tradução Bíblia Nova Versão Internacional, uma das mais vendidas nos Estados Unidos.
Shedd avaliava positivamente a expansão missionária no Brasil por brasileiros. Um expoente nessa visão foi seu aluno, Edison Queiroz que trabalhou na promoção de treinamento e envio de missionários ao exterior. Shedd tinha uma visão tolerante com movimentos carismáticos no seio da igreja tradicional, muito embora permanecesse firme nos princípios batistas fundamentado nas Escrituras, por isso sua teologia era bíblica, embora não aceitava ser rotulado como tantos outros.
Teologicamente Russel Shedd era um batista, afirmava que a salvação vem pela graça mediante a fé através da eleição e predestinação. Embora possa parecer estranho para muitos batistas as expressões: eleição e predestinação por soar um tanto calvinista.  Era um forte defensor da pregação expositiva. Para ele, a Bíblia é a Palavra de Deus.
Russel Shedd era um ferrenho crítico da chamada Teologia da Prosperidade, para ele, o crescimento que ela provoca não é fruto de um genuíno avivamento e sim por encontrar uma população extremamente mística e decepcionada com a Igreja Católica. O futuro da igreja cristã brasileira bifurca em duas direções afirmava. Para uns a Palavra é fundamental; para outros a igreja assemelha-se a um clube, cuja atenção volta-se para danças, músicas e modismos que causará separação nas igrejas.
OBRAS
Sua primeira obra em português nasceu como fruto das preleções na Carta do apóstolo Paulo aos cristãos de Efésios que recebeu o título de Tão Grande Salvação, ABU Editora (1978), Vida Nova (1988);  Man in Community, Epworth Press (1958),e Eerdmans (1962); Escatologia do Novo Testamento, Vida Nova (1983); Adoração Bíblica, Vida Nova (1987); A Justiça Social e a Interpretação da Bíblia, Vida Nova (1984) entre outras.
CONCLUSÃO
A teologia contemporânea abraça todo o pensamento teológico que se estende dos tempos modernos aos dias atuais com suas raízes na obra dos reformadores do século 16 que fundamentaram na Bíblia. Entre os reformadores, destaca-se João Calvino (1509-1546), uma referência na literatura teológica.
Russel Shedd tem muito de calvinista na sua teologia, porém nem por isso deixou de ser batista. E como ninguém vivenciou a verdadeira identidade batista destacando seu caráter, fé, devoção, santidade, convicção, discrição, resignação, obediência, mansidão e amor pelas pessoas, como bem sintetizou o presidente da CBB, Pr. Vanderlei Batista Martins.
 Bibliografia
Bechara, Evanildo
            Dicionário da Língua portuguesa Evanildo Bechara/ Evanildo Bechara. -1.ed Rio de Janeiro : Editora Nova Fronteira, 2011.
http://www.institutojetro.com/entrevistas/sempre%2Dha%2Do%2Dque%2Daprender/
http://semadema.com.br/wp-content/uploads/2013/03/Biografia-do-Pr-RUSSELL-SHEDD.pd
http://www.clipsvn.com.br/mostraTrabalhof.asp?area=TEOLOGIA&codtrab=84