domingo, 17 de março de 2013

Reflexões Teológicas II



Jurandir & Loide
Vive-se uma pobreza muito grande na questão do preparo teológico por boa parte da liderança evangélica atual.  Igreja surge da noite para o dia fundamentada em motivo, os mais diversos, porém poucas motivadas pelo ardor de conquista de almas para o Reino dos céus.
A herança neo testamentária reconhece igreja fundada em Cristo: “sobre esta pedra edificarei a minha igreja” (Mt 16.18). “Pedra que os construtores rejeitaram tornou-se a pedra angular” – Jesus (Mt 21.42).
O vocábulo “igreja” deriva do latim ecclesia, e por sua vez do grego ekkêsia palavra esta que no Novo Testamento, significa uma congregação local de cristãos e jamais um prédio.
Ekkêsia, era uma reunião ou assembléia. O termo foi largamente usado na (Septuaginta) para descrever a “congregação de Israel”, constituída no Sinai e se reunia na presença do Senhor por ocasião das festividades anuais nas pessoas de seus representantes masculinos (At 7.38).
 Quer o uso cristão de ekklêsia, tenha sido adotado pela primeira vez segundo o emprego gentio ou emprego judaico – o ponto continua sendo disputado – certamente era subentendida “reunião” e não “organização” ou “sociedade”.
Localidade era essencial ao seu caráter. A ekklêsia local não era reputada como parte de alguma ekkêsia de âmbito mundial.
Não há de forma explícita no NT um código detalhado de regulamentos sobre o governo da igreja e a própria idéia de tal código pode parecer repugnante a liberdade da dispensação do Evangelho; no entanto, Cristo deixou atrás de Si um corpo de líderes (os apóstolos), por Ele mesmo escolhido, ao qual forneceu princípios gerais para o exercício de sua função reguladora.
Cristo separou doze para qualificá-los e agirem como suas testemunhas (Mc 3.14). Foi um curso intensivo que não esqueceu o estágio acompanhado. Pode-se calcular que a formação do colégio apostólico demorou nada menos que seis anos já que era intensivo. Teoria e prática presentes.  
Foram dotados do poder do alto, indispensável para qualquer que se aventura na área do pastoreio. Pastor sem a plenitude do Poder do alto é vazio e inócuo! (At 1.8).
Foi-lhes igualmente prometida uma função mais específica como juízes e governantes do povo de Deus (Mt 19.28; Lc 22. 29,30), com poder de ligarem e desligarem (Mt 18.18), de perdoarem e reterem pecados (Jo 20.23). Assunto para o próximo texto.

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