sexta-feira, 16 de março de 2012

No momento em que o sal perde seu sabor, para nada presta senão para ser jogado fora e pisado pelos homens. Não desejo me sentir parte de uma igreja que perdeu sua credibilidade por centralizar sua mensagem na promessa irresponsável de prosperidade; que busca se especializar na mecânica de fazer preces poderosas; de ensinar a virtude como mero degrau para o sucesso. Não suporto conviver em ambientes onde se geram culpa e paranóia como pretexto de ajudar as pessoas a reconhecerem sua necessidade de Deus.
Não consigo identificar-me com o determinismo teológico que impera na maioria das igrejas evangélicas e que enxerga tudo como parte da providência. Há algum tempo, repenso algumas categorias teológicas que me serviram de óculos para a leitura da Bíblia e entendo que esse meu exercício se tornou ameaçador para muitos. Portanto, preciso de lateralidade para contemplar as contribuições das ciências e de outros ângulos para ler as Escrituras. Não aguento cabrestos, patrulhamentos e cenhos franzidos. Desejo a companhia amiga de qualquer pessoa que molde a sua vida, consciente ou inconsciente, pelos valores do Reino de Deus e não tenha medo de pensar, sonhar, sentir, rir e chorar. Desejo muito construir minha espiritualidade sem a canga pesada do legalismo, sem o hermetismo fundamentalista dos dogmáticos e sem a estreiteza ideológica de quem gosta de rótulos.
Convido você para passarmos uma semana meditando, orando e pensando juntos caminhos possíveis e bonitos para a nossa vida e nossa espiritualidade.
Um abraço, 
Ricardo Gondim

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