quinta-feira, 21 de novembro de 2024

JUÍZO DIVINO

 O JUÍZO DIVINO

Introdução - 


Deus tem marcado em sua agenda o Dia e a Hora do Juízo. Será um dia no qual toda a humanidade comparecerá perante o tribunal de Deus.


Paulo, quando em Atenas, cidade líder nas artes e filosofia da antiguidade, anunciou aos gregos: 


“ Deus [...] agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam; porquanto estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando dentre os mortos.” (Até 17.31).


Esse Dia e Hora, embora agendados e fixados no projeto divino, é desconhecido, não apenas dos anjos no céu, como também dos homens na terra.


Mas a  respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão o Pai.”  Mt 24. 36. 


O Senhor Jesus 100% divino e 100% humano, ignorava certos pontos do calendário divino.


Porém, afirmou que: “Passará o céu e a terra, porém as suas palavras não passarão”. 24.25.  

Isto é, o juízo vai acontecer, e não será antes, nem depois do dia e hora agendados.


Quem será o juiz? - por meio de um varão que destinou e acreditou diante de todos, ressuscitando dentre os mortos.”  Ou seja, o próprio Jesus, chamado Cristo. (Até 17.31).


Quem estará presente para ser julgado? - TODOS NÓS. “Pois todos compareceremos perante o tribunal de Deus” (Rm 14.10b). 


A sepultura devolverá os mortos que lá estão; o crematório devolverá os mortos que lá estão - pois o corpo é que foi cremado, não o espírito; o mar e os rios devolverão os mortos que lá estão (Mt 20.13)


Mas os que morreram no Senhor - “Deus mediante Jesus Cristo, trará, em sua companhia, os que dormem”. (1Tes 4.14).


No juízo estarão dois grupos: os que morreram no Senhor e os que morreram não no Senhor, isto é, não reconheceram o sacrifício de Cristo. 


Para os que morreram no Senhor, não há julgamento para condenação, mas para receberem suas recompensas. Para os crentes não há mais condenação (Rm 8.1).


Agora, pois, nenhuma condenação há para os que estão em Cristo Jesus.” (Rm 8.1)


Os impíos serão julgados para condenação com justiça. Todos serão condenados, mas haverá variações nos níveis de condenação, pois o juízo será com justiça (Mt 11.20-24).


As cidades de Corazim e Betsaida viram numerosos milagres, mas não se arrependeram. Portanto, no dia do juízo terão uma punição maior que as cidades que ouviram, viram e creram.


Da mesma forma para Cafarnaum o Senhor sentencia que haverá menor rigor no juízo de Sodoma e Gomorra do que para Cafarnaum.


Conclusão


Após o juízo um novo céu e uma nova terra serão criados. Novo em qualidade e novo temporalmente. Um universo de tipo diferente, no qual não há necessidade do Sol, da lua, e das estrelas.

O mal, lágrimas e morte não  existirão, nem luto e nem dor (21.4).

Nada impede que entendamos que esta revelação seja literal como descrita por Paulo em Romanos 8.19-22.

A Bíblia ensina que o ser humano viverá eternamente sobre uma terra redimida, perfeitamente adaptada à felicidade dos remidos.

Maranata!





quarta-feira, 16 de outubro de 2024

Convívio humano x animais

 


Texto: James Rachels.

             Uma preocupação presente na obra de Bentham (1748-1832) e de Mill (1806-1873) era com as questões derivadas do convívio humano com os animais. Veja como o escritor James Rachels coloca o problema.

             Uma vez que tanto os seres humanos como os não humanos podem sofrer, temos iguais razões para não maltratar qualquer deles. Se um ser humano é torturado, por que razão é isso errado? Porque ele sofre. Por analogia, se um ser não humano é torturado, também sofre, e por isso é igualmente errado e pela mesma razão. Para Bentham e Mill, esta linha de raciocínio era decisiva. Humanos e não humanos têm igual direito à consideração moral.

             No entanto, esta perspectiva pode parecer tão extrema, na direção oposta, como a perspectiva tradicional que não concede aos animais qualquer lugar independente no plano da moralidade.

             Devem os animais ser de fato encarado como iguais aos seres humanos? Em alguns aspectos, Bentham e Mill pensavam que sim, mas tiveram o cuidado de sublinhar que isso não significava que animais e humanos tenham de ser sempre tratado da mesma maneira. Há diferenças factuais entre eles que com frequência justificam diferenças de tratamento. Por exemplo, uma vez que os seres humanos têm capacidades intelectuais que faltam aos animais, são capazes de sentir prazer em coisas que os seres humanos são incapazes de fluir – os seres humanos podem fazer matemática, apreciar literatura, e assim por diante. De modo análogo, as suas capacidades superiores podem torná-los capazes de frustações e desapontamentos de que os outros animais não podem ter experiências. Por isso, o nosso dever de promover a felicidade implica o dever de promover esses prazeres especiais para eles, bem como prevenir qualquer tipo de infelicidade à qual são vulneráveis. Ao mesmo tempo, no entanto, na medida em que o bem estar dos outros animais é afetado pela nossa conduta, temos o dever moral estrito de tornar isso em conta, contando o seu sofrimento de modo igual ao de um sofrimento semelhante de que um ser humano tenha experiência.

             Os utilitaristas contemporâneos têm por vezes resistido a este aspecto da doutrina clássica, e isso não é surpreendente. O nosso <<direito>> de matar, fazer experiências ou usar os animais de outras formas que queiramos parece à maioria de nós tão óbvio que é difícil acreditar que estamos realmente a comportar-nos tão mal como Bentham e Mill insinuaram. No entanto, alguns utilitaristas contemporâneos avançaram argumentos poderosos para mostrar que Bentham e Mill tinham razão. O filósofo Peter Singer, num livro como estranho título de Libertação Animal (1975), insistiu, seguindo os princípios estabelecidos por Bentham e Mill, que o nosso tratamento dos animais não humanos é profundamente incorreto.

 

terça-feira, 9 de janeiro de 2024

PECADO & GRAÇA

 

2Cr 15.1-12; Rm 5.20

Reinado do rei Asa (C.915-912 a.C.) – rei de Judá e Benjamim, neto de Roboão, filho de Salomão. Ele propôs a segunda reforma religiosa no Reino do Sul.

O rei Asa propôs realizar uma reforma religiosa em Judá e Benjamim.

A reforma evidência a natureza do pecado e a manifestação da graça.

1. Manifestação da graça: o Senhor está conosco, enquanto vós estais com ele; se o buscardes, ele se deixará achar; se o deixardes, vos deixará. (v 2)

Neste verso (2), destacam três fatos indiscutíveis:

a) Primeiro fato: o Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele.

Deus está conosco enquanto nós estamos com ele. Tiago 4.8 exorta o crente a: chegar a Deus, e ele chegará ao crente; purificar as mãos, limpar o coração. Isto é santidade. Deus requer santidade do seu povo, isto é, separação.

b) Segundo fato: se o buscardes, ele se deixará achar (2Cr 7.14).

Deus deixa se achar por aqueles que o buscam

Se o meu povo, que se chama pelo meu nome, se humilhar, e orar, e me buscar, e se converter dos seus maus caminhos, então, eu ouvirei dos céus, perdoarei os seus pecados e sararei a sua terra”. (2 Cr 7.14)

c) Terceiro fato: se o deixardes, vos deixará

Quem abandona a Deus será abandonado por ele. Isto é tão verdade tanto para o indivíduo como também para uma nação.

Os versículos (3-6) (refere ao período dos juízes)

Por que o Eterno abandonou aquela geração? Juízes 2.10 responde:

Foi também congregada a seus pais toda aquela geração; e outra geração após eles se levantou, que não conhecia o Senhor, nem tampouco as obras que fizera a Israel.”

Davi em sua oração suplicava que o Eterno lhe desse vida suficiente para ele comunicar à próxima geração o conhecimento do Senhor. Sl 71.18.

“.... até que eu tenha declarado à presente geração a tua força e às vindouras o teu poder.”

 

2. Manifestação do pecado (15.3) Israel estava afundado no pecado e sem a graça divina (v. 3): Sem Deus, sem sacerdote e sem lei.

Triste estado de uma nação que chamava pelo nome do Senhor.

O homem e o mundo hoje estão em um estado ainda pior espiritualmente, porque está:

a. Sem Deus e sem Cristo – Hoje não é diferente. Os símbolos do cristianismo estão sendo abolidos das escolas e das instituições – a oração é proibida; nas igrejas a Escola Bíblica Dominical (onde se ensina a Palavra) está sendo esvaziada e substituída por outros encontros. As mensagens estão sendo observadas.

A igreja está perdendo sua relevância na sociedade (Templos são vendidos, transformando em teatro ou pista de dança). A Europa já vive o que os sociólogos chamam de sociedade pós-cristã.

b. Sem luz – O hino (CC) 416 apela a manifestação dos filhos da luz, que é a luz de Jesus.

Paulo descreve em Ef. 4.18 a triste condição da sociedade chamada cristã e mostra as causas:

obscurecida no entendimento, indiferente à vida cristã por causa da ignorância espiritual e pela dureza de coração. Possivelmente nossos netos não terão interesse pela igreja e pela Bíblia.

c. Sem vida – porque não tem o Cristo, que é vida, pois 1Jo 5.12 diz:

Aquele que tem o Filho tem a vida; aquele que não tem o Filho de Deus não tem a vida.”

d. Sem paz – na família, na empresa, na sociedade, no mundo! A paz está cada vez mais ausente da natureza humana porque a perversidade aumenta no mundo.

“Para os perversos, diz o meu Deus, não há paz” – (Is 57.21)

Tudo que a humanidade deseja é um pouco de paz, mas não há paz, porque a paz só existe quando se desenvolve um relacionamento com Jesus, Ele é o príncipe da paz (revolucionou o mundo sem armas) –

apenas uma vez usou um chicote para disciplinar os corruptos do Templo. João chicoteava com as palavras: “raça de cobras venenosas!”

e. a sociedade humana hoje, está sem esperança (15.5) – separada da igreja, ignora as alianças que o Eterno fez com a humanidade e o Deus das alianças! Milhares de pessoas migram de um lado para outro buscando segurança, paz e estabilidade.

3. A grande notícia: há esperança - está em 2Cr 15.4) –

Mas, quando, na sua angustia, eles voltaram ao Senhor, Deus de Israel, e o buscaram, foi por eles achado”.

Tudo pode mudar, se o homem mudar – o problema é que humanidade põe sua esperança na ciência, nos políticos (partidos políticos) e não em Deus.

Se voltar para Deus, tudo pode mudar. Mas enquanto isso não acontecer, o versículo 6 continuará prevalecendo “.... Deus conturbará com toda sorte de angustia (Tsunami, inundações, vendavais, furacões, secas, insegurança) – avisos de Deus, para ver se a humanidade se desperta e volte para Ele (2 Cro 7.14; 15.4).

4. A promessa do Senhor é de grandes bençãos 2Cro 15.7.

Mas sede fortes, e não desfaleçam as vossas mãos, porque a vossa obra terá uma recompensa” A recompensa manifesta-se

a. SALVAÇÃO – “Sereis odiados de todos por causa do meu nome: aquele, porém, que perseverar até o fim, esse será salvo.” (Mc 13.132).

b. O TRABALHO NÃO SERÁ EM VÃO - “Portanto, meus amados irmãos, sede firmes, inabaláveis e sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que, no Senhor, o vosso trabalho não é vão.” (1Cor 15.58). Compensa servir e sofrer por Jesus!

5. Passos para o avivamento (2Cr 15.8)

Ouvindo, pois, Asa estas palavras e a profecia do profeta, filho de Oded, cobrou ânimo e lançou as abominações fora de toda a terra de Judá e de Benjamim, como também das cidades que tomara na região montanhosa de Efraim; e renovou o altar do Senhor, que estava diante do pórtico do SENHOR.”

Nossa oração deve incluir dois pedidos:

ANIMAR – muitos crentes estão desanimados; qual a causa desse desânimo?

 LANÇAR (FORA AS ABOMINAÇÕES) – Nos dias de Asa as abominações era a substituição do SENHOR por outras divindades, e hoje? Quais as abominações que colocamos dentro de nós e na nossa casa? Que impedem nossa comunhão com o SENHOR?

RENOVAR – Todos precisamos de um renovo espiritual que se encontra no estudo da Palavra. Na oração e na comunhão. O começo de um novo ano é uma oportunidade propícia para renovar.

Você esta preparado para dar estes passos?