terça-feira, 14 de janeiro de 2020

Como está mudada...


Como esta mudada....

A presente reflexão não é uma crítica aos novos modelos introduzidos no arraial Batista, nem aos que os adotam, mesmo porque os modelos são alternáveis de geração a geração. As mudanças oxigenam mentes, corações e almas.
No primeiro século da era cristã, é possível observar mudanças drásticas e até mesmo radicais na Igreja primitiva tais como a questão da circuncisão (1Co. 7.19; Gl. 5.6). O judaísmo exigia que os judeus cristãos deveriam se submeter ao ritualismo, Paulo era contra.
A existência do conflito entre Barnabé e Paulo dividiu o projeto missionário da Igreja primitiva (At.15.36-41). Um conflito desencadeado pela insistência de Barnabé em levar João Marcos na viagem missionária; Paulo era contra, pois João Marcos havia abandonado o grupo na viagem anterior.
Dentre todas as mudanças, a que mais impactou, foi a união do cristianismo ou parte dele, com o império romano, sob a liderança de Constantino Magno (272 – 337)
Mudanças sempre aconteceram e sempre acontecerão satisfazendo uns e desagradando outros.
A denominação Batista, entre outras sofre também com este fenômeno.  Antes refletia, imagem quase que imaculada conhecida no mundo inteiro, mas agora parece que perdeu o modelo histórico que tinha junto às outras; assemelha - se àquela que perdeu a identidade.
Os históricos lamentam silenciosamente sentados, encurvados, cabisbaixo. Lágrimas cobrem o rosto. Poucos ficaram. A maioria submeteu às mudanças e as adotou.
Os velhos costumes foram levados para longe e os novos  impostos quase de forma forçada. Vieram de fontes  distantes e estranhas a denominação, cercados de rótulos inalteráveis.
O futuro é irreversível, pois uma geração que não  conheceu “José “ está  se formando e tudo  do passado é  estranho, não  cabe nos novos modelos.
O antigo costume mudou de vez! Os novos e atraentes instalaram-se jogando de lado século de caminhada ortodoxa.
O antigo se opõe como inimigo do moderno que foi engendrado para satisfazer um seguimento em detrimento de outrem.
O principio do confinamento é encorajado com propósito de despertar a curiosidade.
Uma geração que canta, que dança, mas que pouco conhece a nossa história denominacional. Tornou-se  irrelevante saber de onde veio, passado histórico e seus mártires; nada disso  faz sentido no universo do relativismo.
A celebração é uma incógnita. Os cânticos, com pouca fundamentação bíblica. divergem da mensagem que será proclamada. No passado havia uma sincronia entre louvor e proclamação. Ao anunciar a primeira leitura, o primeiro  cântico, já  se tinha ideia do tema da mensagem.
Ao sair do templo, após a bênção apostólica, cheio de contrição, pois a mensagem  tinha levado à  conversão, santificação, mudança de comportamento, pecados revelados.
Um fator de grande relevância, era a fidelidade denominacional contribuição com (Plano Cooperativo, Missões Estaduais, nacionais e estrangeira).
Caso houvesse discórdia, o discordante buscava um grupo com o qual se identificava e a vida prosseguia. Ninguém impunha novos princípios, ideologias, modelos e práticas estranhas a praticada pela denominação.
Os liderados eram fieis a liderança (Secretário Executivo, presidente) práticas e tradições. O governo da Igreja era congregacional, tudo era resolvido em culto administrativo, pelo voto da maioria. Transparência no relatório financeiro.
Havia um Pacto de conhecimento público e todos a ele se submetiam.
O Pacto das Igrejas Batistas, era lido em todas as cerimônias  de batismo pelos batizados, aliás diga-se de passagem que o batismo não  era a porta de entrada para se tornar membro de uma igreja  Batista, para isso, era necessário após  o batismo submeter - se  a uma assembleia  administrativa que aprovava ou não a aceitação como membro.
O Pacto terminava com uma declaração de fidelidade denominacional nas seguintes palavras: “Finalmente, comprometemo-nos, quando sairmos desta localidade para outra, unir-nos a uma outra igreja da mesma fé e ordem, em que possamos observar os princípios da Palavra de Deus e o espírito deste Pacto. A fé permanece, a ordem sofreu significativas alterações.
Houve uma proposta para repensar a denominação, mas não atingiu o propósito. Isto ocorreu quando as primeiras mudanças de cunho doutrinário começavam se impor (doutrina sobre o Espírito Santo). Assim ocorreu a grande divisão e formação da Convenção Batista Nacional.
Queridos (as) não me interpretem mal, esta reflexão é apenas uma simples lembrança do passado que conheci.  Compreendo e entendo as razões das transformações. Não ignoro a presença de valores nestas mudanças e vidas transformadas pelo poder do Eterno.
JCM


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