Como
esta mudada....
A
presente reflexão não é uma crítica aos novos modelos introduzidos no arraial
Batista, nem aos que os adotam, mesmo porque os modelos são alternáveis de
geração a geração. As mudanças oxigenam mentes, corações e almas.
No
primeiro século da era cristã, é possível observar mudanças drásticas e até
mesmo radicais na Igreja primitiva tais como a questão da circuncisão (1Co. 7.19;
Gl. 5.6). O judaísmo exigia que os judeus cristãos deveriam se submeter ao ritualismo,
Paulo era contra.
A
existência do conflito entre Barnabé e Paulo dividiu o projeto missionário da
Igreja primitiva (At.15.36-41). Um conflito desencadeado pela insistência de
Barnabé em levar João Marcos na viagem missionária; Paulo era contra, pois João
Marcos havia abandonado o grupo na viagem anterior.
Dentre
todas as mudanças, a que mais impactou, foi a união do cristianismo ou parte
dele, com o império romano, sob a liderança de Constantino Magno (272 – 337)
Mudanças
sempre aconteceram e sempre acontecerão satisfazendo uns e desagradando outros.
A denominação
Batista, entre outras sofre também com este fenômeno. Antes refletia, imagem quase que imaculada
conhecida no mundo inteiro, mas agora parece que perdeu o modelo histórico que
tinha junto às outras; assemelha - se àquela que perdeu a identidade.
Os
históricos lamentam silenciosamente sentados, encurvados, cabisbaixo. Lágrimas
cobrem o rosto. Poucos ficaram. A maioria submeteu às mudanças e as adotou.
Os velhos
costumes foram levados para longe e os novos
impostos quase de forma forçada. Vieram de fontes distantes e estranhas a denominação, cercados
de rótulos inalteráveis.
O
futuro é irreversível, pois uma geração que não
conheceu “José “ está se formando
e tudo do passado é estranho, não
cabe nos novos modelos.
O
antigo costume mudou de vez! Os novos e atraentes instalaram-se jogando de lado
século de caminhada ortodoxa.
O
antigo se opõe como inimigo do moderno que foi engendrado para satisfazer um
seguimento em detrimento de outrem.
O principio
do confinamento é encorajado com propósito de despertar a curiosidade.
Uma geração
que canta, que dança, mas que pouco conhece a nossa história denominacional.
Tornou-se irrelevante saber de onde veio,
passado histórico e seus mártires; nada disso
faz sentido no universo do relativismo.
A
celebração é uma incógnita. Os cânticos, com pouca fundamentação bíblica.
divergem da mensagem que será proclamada. No passado havia uma sincronia entre
louvor e proclamação. Ao anunciar a primeira leitura, o primeiro cântico, já
se tinha ideia do tema da mensagem.
Ao
sair do templo, após a bênção apostólica, cheio de contrição, pois a
mensagem tinha levado à conversão, santificação, mudança de
comportamento, pecados revelados.
Um
fator de grande relevância, era a fidelidade denominacional contribuição com (Plano
Cooperativo, Missões Estaduais, nacionais e estrangeira).
Caso
houvesse discórdia, o discordante buscava um grupo com o qual se identificava e
a vida prosseguia. Ninguém impunha novos princípios, ideologias, modelos e
práticas estranhas a praticada pela denominação.
Os
liderados eram fieis a liderança (Secretário Executivo, presidente) práticas e
tradições. O governo da Igreja era congregacional, tudo era resolvido em culto
administrativo, pelo voto da maioria. Transparência no relatório financeiro.
Havia
um Pacto de conhecimento público e todos a ele se submetiam.
O Pacto
das Igrejas Batistas, era lido em todas as cerimônias de batismo pelos batizados, aliás diga-se de
passagem que o batismo não era a porta
de entrada para se tornar membro de uma igreja
Batista, para isso, era necessário após
o batismo submeter - se a uma assembleia administrativa que aprovava ou não a
aceitação como membro.
O
Pacto terminava com uma declaração de fidelidade denominacional nas seguintes
palavras: “Finalmente, comprometemo-nos, quando sairmos desta localidade para
outra, unir-nos a uma outra igreja da mesma fé e ordem, em que possamos
observar os princípios da Palavra de Deus e o espírito deste Pacto. A fé
permanece, a ordem sofreu significativas alterações.
Houve
uma proposta para repensar a denominação, mas não atingiu o propósito. Isto
ocorreu quando as primeiras mudanças de cunho doutrinário começavam se impor (doutrina
sobre o Espírito Santo). Assim ocorreu a grande divisão e formação da Convenção
Batista Nacional.
Queridos
(as) não me interpretem mal, esta reflexão é apenas uma simples lembrança do
passado que conheci. Compreendo e
entendo as razões das transformações. Não ignoro a presença de valores nestas
mudanças e vidas transformadas pelo poder do Eterno.
JCM
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